Consumo deverá aumentar pelo terceiro ano consecutivo. Em média, cada português deverá gastar 373 euros, mais 24 por cento que em 2015
Este ano os portugueses vão gastar mais no Natal. A conclusão é de um estudo realizado pelo IPAM que analisa o comportamento dos consumidores durante a quadra natalícia. 373 euros é o valor médio estimado para os gastos com compras de Natal, sendo o valor mais alto registado desde 2010. Os consumos de Natal deverão aumentar mais 24 por cento face ao valor apurado em 2015, que havia ficado pelos 301 euros.
Face a estes dados recolhidos pelo trabalho de investigação conduzido pelo IPAM, destaque para um que confirma que a tendência de consumo no Natal está a aumentar: mais do dobro dos inquiridos – 36 por cento – admite gastar mais em compras de Natal este ano, e apenas 16 por cento afirma gastar menos que no ano anterior. Considerando que este estudo é realizado continuamente desde 2009, é possível comparar os dados e atestar que a tendência de consumo no Natal está a subir, voltando a números observados em 2010.
Assim, considerando que o valor médio com compras de Natal deverá subir, a fatia do orçamento destinada a presentes continua a circunscrever-se ao núcleo familiar. Apenas 34 por cento planeia oferecer prendas a amigos, o mesmo que em 2015. No que toca à escolha dos presentes a oferecer, o estudo constata aquilo que já vem sendo tradição: brinquedos (36 por cento) para as crianças; roupa e sapatos (32 por cento) para adolescentes e adultos.
Mais portugueses a antecipar as compras de Natal
O estudo do IPAM revela, ainda, que os portugueses já não esperam exclusivamente pelo mês de dezembro para realizar as compras de Natal. Os dados recolhidos são claros: face a 2015, regista-se um aumento de 12,5 por cento na intenção de compra dos consumidores antes de dezembro.
Pela primeira vez, a percentagem de inquiridos que opta exclusivamente por centros comerciais é a mais baixa com 29,1 por cento em 2016 face a 47 por cento registado em 2011. Apesar dos centros comerciais continuarem a ser os espaços de eleição para as compras de Natal, o estudo do IPAM mostra que os outros locais de compra estão a conquistar cada vez mais a preferência dos portugueses, com o comércio de rua e a internet a registarem valores expressivos, totalizando já 22,5 por cento da intenção de compra.
Bacalhau continua a liderar a preferência dos portugueses no Natal
A tradição ainda é o que era, com o bacalhau a liderar nos bens alimentares escolhidos para fazer parte da ceia de Natal deste ano. O bacalhau continua a ser o produto de eleição para os portugueses (66 por cento), seguido dos doces típicos de natal (60,1 por cento) e do bolo rei (58 por cento). Os dados recolhidos apontam para um gasto médio na ordem dos 90 euros em bacalhau, sendo que os hipermercados estão no topo das preferências para efetuar esta compra, registando uma significativa percentagem de 66 por cento, logo seguido pelo comércio tradicional com 30 por cento. O estudo conclui, ainda, que quase metade efetua a compra do bacalhau durante o mês de dezembro (49 por cento), mas 36 por cento dos inquiridos espera pelas promoções para adquirir este bem alimentar.