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Cushman & Wakefield analisa impacto da presidência do Donald Trump no imobiliário
2016-11-14

Depois de meses de campanha eleitoral intensa e pouco convencional que captou a atenção mundial, os Estados Unidos da América votaram finalmente e elegeram o candidato republicano Donald Trump. O Senado continuará liderado pelos Republicanos, assim como o Congresso.

Na opinião de Elisabeth Troni, diretora de Research EMEA da Cushman & Wakefield, “a incerteza em torno da vitória de Trump levou de imediato os mercados a reagirem na Europa e na Ásia. Mas, como aconteceu a seguir ao Brexit, prevê-se que a atividade bolsista recuperará assim que os investidores assimilarem o 'choque' inicial e perceberem que o impacto deste resultado eleitoral será menor do que o previsto. E como reagirá o mercado imobiliário comercial? Este sector não é igual ao mercado bolsista e não sofre alterações bruscas nem diárias. É preciso olhar mais para a frente para se preverem implicações potenciais”, continua Elisabeth Troni.

Segundo a responsável de research, será na sua maioria “business as usual”, a menos que se assista a uma real deterioração das condições económicas. O mercado de ocupação na Europa não deverá sofrer qualquer alteração. Os mercados que estão atualmente mais pressionados, com subida de rendas, como Barcelona, Dublin e Munique, continuarão assim, enquanto os mercados mais estáveis, como por exemplo Moscovo, Istambul e Varsóvia, também assim permanecerão.

A Europa está a recuperar enquanto os mercados laborais melhoram. As rendas para espaço "prime" estão a subir em muitas das principais cidades europeias, como Berlim, Milão e Madrid, e a procura de espaços de trabalho na região EMEA não foi afetada pelo Brexit, que também constituiu um “choque”. “Menor investimento em ativos e mercados secundários, é esperado inicialmente um ambiente de maior aversão ao risco, com os investidores a procurarem ativos e mercados 'core', limitando transações com algum nível de risco”, comenta Elizabeth.

Em resumo, o resultado das eleições norte-americanas não muda os princípios do sector imobiliário comercial europeu. À parte do impacto a curto prazo nos mercados financeiros, os princípios do imobiliário mantêm-se favoráveis em toda a Europa. Prevê-se que os investidores mantenham os seus esforços para que o volume de investimento já alocado ao mercado imobiliário europeu permaneça inalterado. Apesar de ser tentador especular sobre se os capitais norte-americanos serão direcionados para a Europa, as próximas eleições em França e Alemanha fazem com que seja prematura esta previsão.

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L.Branca/PAE

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