Parece que a tradição de Natal já não é o que era e a prová-lo está o facto de as cartas dirigidas ao Pai Natal estarem a dar definitivamente lugar a wish lists digitais que não são enviadas ao velhinho de barbas brancas, mas sim partilhadas nas mais variadas redes sociais. E se há alguns anos atrás os chocolates, os gadgets e brinquedos ocupavam as preferências, este ano o dinheiro é o presente mais desejado pelos jovens portugueses no universo digital. O estudo mostra que o dinheiro surge como a opção mais interessante, com os jovens a destacar a possibilidade de poderem decidir o que comprar depois do Natal.

A análise realizada pela E.Life – empresa de Inteligência de Mercado e Gestão de Relacionamento nas redes sociais – no Twitter, no último mês, revela que os portugueses desejam que as férias de Natal cheguem rapidamente. Os internautas confessam, também, que esperam encontrar “no sapatinho” roupa e bilhetes para concertos, nomeadamente para o de Justin Bieber. Refira-se, ainda, que o estudo indica que 39 por cento dos utilizadores irão pedir os referidos presentes aos pais.

Jovens não sabem bem o que pedir para o Natal

Outro dado interessante é, sem dúvida, o elevado número de tweets em que os jovens referem não saber o que pedir para o Natal. Os posts demonstram uma menor ansiedade com a chegada da quadra natalícia, que pode ser explicada, por exemplo, pelo facto de os adolescentes irem recebendo o que querem ao longo do ano. As conclusões demonstram, igualmente, que os desejos de Natal deste ano se revelam menos materialistas do que em anos anteriores.

Os dados analisados permitem concluir que o telemóvel é visto como o meio para falar com os amigos, sendo a funcionalidade mais valorizada do que o equipamento em si. O iPhone continua, ainda assim, a ser um objeto de desejo: a maior parte dos internautas possui um Android, mas uma parte considerável refere que gostaria de ter um iPhone.

O estudo “Wish list de Natal dos portugueses no Twitter” foi realizado entre os dias 19 de novembro e 14 de dezembro pela E.Life. A análise teve por base a monitorização de 1.700 tweets de 1.454 utilizadores únicos, sendo que o público da amostra tem entre 13 a 20 anos de idade. Trata-se, por isso, de uma geração que “vive” on-line, que procura informação, música e relacionar-se de forma imediata e a todo o momento. Tratam-se de jovens muito presentes nas redes sociais e que na bio de Twitter referem, por exemplo, possuir perfis no Snapchat e no Instagram.