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Fagor vai declarar concurso de credores
2013-11-06

A Fagor irá entrar em liquidação nas próximas semanas. O concurso de credores, figura jurídica espanhola semelhante à declaração de insolvência, deverá ser apresentado esta sexta-feira, segundo anunciaram os seus responsáveis num encontro com representantes do Governo basco.

Durante cerca duas horas e meia, representantes da Corporación Mondragón, da qual faz parte a cooperativa, e responsáveis da Fagor Electrodomésticos reuniram-se com elementos do governo regional e outras entidades locais para analisar a situação da empresa. No final da reunião, o deputado de Guipuzcoa, Martin Garitano, adiantou aos jornalistas que os responsáveis da Fagor confirmaram que na próxima sexta-feira vão requerer o concurso de credores e nas semanas seguintes entrar em liquidação. O ministro da Indústria espanhol, José Manuel Soria, também tinha anunciado que a Fagor entraria em concurso de credores, perante a impossibilidade de encontrar novas vias de financiamento, conforme lhe tinha confirmado, na tarde de terça-feira, Txema Gisasola, presidente da Corporación Mondragón.

Recorde-se que a Fagor está em situação de pré-concurso de credores desde 16 de Outubro, enquanto tentava um processo de refinanciamento da dívida. O seu eventual fecho poderá levar à perda de 10 mil postos de trabalho directos e indirectos, entre os cerca de 5.600 directos e os de fornecedores que trabalham, maioritariamente, para a empresa de electrodomésticos espanhola. As consequências podem ser o fecho de 13 unidades fabris, cinco das quais em Espanha.

A Corporación Mondragón já anunciou em comunicado que “tendo em conta a resposta positiva que está a receber por parte das suas cooperativas, visualiza um cenário de possível solução, nos próximos meses, para um colectivo de 1.000 a 1.200 pessoas, incluindo recolocações e pré-reformas”.

Por seu turno, em Vizcaya, as autoridades locais comprometeram-se a investir três milhões de euros em avais para a fábrica da Edesa de Basauri, para evitar que entre em concurso de credores e seja encerrada, salvando 250 postos de trabalho.

Juan María Aburto, conselheiro do Emprego e das Políticas Sociais, também informou que o Governo basco irá colocar ao dispor dos trabalhadores da Fagor o programa Lanbide, para que se possa levar a cabo uma “actuação especial” muito ligada à formação, com o objectivo de minimizar os efeitos do encerramento da empresa.

A Fagor segue para situação de concurso de credores com todas as suas unidades paradas, o que significa que se não for injectado capital terá de liquidar os seus activos. Em França, a filial FagorBrandt anunciou esta quarta-feira que vai suspender todos os pagamentos e que ficará sob administração judicial durante três meses. Em comunicado, a FagorBrant, que dá emprego a cerca de 2.000 pessoas, avançou que tinha consultado os representantes dos trabalhadores antes da sua decisão.

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L.Branca/PAE

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