Um valor, sem precedente, de 11,9 milhões de metros quadrados de espaço de novos centros comerciais está actualmente em construção na Europa, o que representa um aumento de 50 por cento face ao ano anterior, revela uma pesquisa da CBRE.
A actividade de desenvolvimento de centros comerciais está maioritariamente concentrada nos mercados emergentes, com a maior proporção, cerca de 74 por cento, a ter lugar na Europa de Leste. À semelhança do ano passado, a Turquia afigura-se como o mercado mais atractivo, com 3,7 milhões de metros quadrados em construção. Istambul posiciona-se como o mercado mais activo nos próximos anos, com a edificação de 37 novos shoppings.
Outro mercado europeu activo no desenvolvimento de centros comerciais é o russo, onde estão em construção 2,88 milhões de metros quadrados. Tal como a Turquia, a Rússia beneficia do forte crescimento económico e do aumento do rendimento disponível. Aqui, a maioria dos shoppings em desenvolvimento concentra-se em Moscovo, com 1,4 milhões de metros quadrados com abertura prevista em dois a três anos.
Ucrânia (789.888 metros quadrados), Polónia (750.467 metros quadrados), Itália (665.779 metros quadrados) e França (648.200 metros quadrados) são outros mercados dinâmicos. Em Itália, contudo, o desenvolvimento de centros comerciais está a desacelerar, reflectindo-se na maior lentidão para concluir os projectos já em construção e na ausência de novas aberturas na primeira metade deste ano. Já na Ucrânia, o espaço actualmente em desenvolvimento representa 38 por cento do seu total de shoppings, o que significa um importante e considerável aumento de espaços de retalho assim que a sua construção esteja concluída.
Para os próximos três anos, a CBRE antecipa que, não obstante estarem em projecto novos centros comerciais, à semelhança do que tem vindo a acontecer em Itália, a sua conclusão será adiada. No ano passado, abriram na Europa 100 centros comerciais, totalizando 3,44 milhões de metros quadrados. Espanha e Turquia foram os mercados mais activos. No entanto, nove por cento destes projectos referem-se a extensões de galerias já existentes.
