As vendas da Fnac caíram 5,8 por cento no primeiro semestre, para os 1,67 mil milhões de euros. A valores constantes, o volume de negócios diminuiu 5,2 por cento, mitigados os efeitos da desvalorização da moeda brasileira face ao euro.
A insígnia foi fortemente penalizada pelo mercado ibérico, onde as vendas caíram 9,5 por cento, numa base comparável e a valores constantes, para os 286 milhões de euros. Já em França, o seu mercado doméstico, as vendas encolheram 5,3 por cento. A actividade da Fnac melhorou no segundo trimestre, com a contracção de 5,1 por cento a ser inferior aos 5,3 por cento reportados nos primeiros três meses do ano.
A Fnac reportou uma melhoria de um milhão de euros (7,5%) nos seus prejuízos operacionais, que totalizaram 12,4 milhões de euros, num período em que a implementação da estratégia designada por “2015 Fnac” prosseguiu. Segundo Alexandre Bompard, CEO do grupo, a rápida transformação do modelo confirma a resiliência da insígnia num ambiente marcado pela descida do consumo nas várias categorias de produto, sobretudo na Península Ibérica. A Fnac acumulou ganhos de quota de mercado, facto que Alexandre Bompard atribui à estratégia de marketing.
A margem bruta estabilizou nos 30,4 por cento, não obstante o aumento da pressão comercial. Esta resistência da margem bruta reflecte, no entender da Fnac, o impacto do plano Fnac 2015, nomeadamente das novas categorias de produto e da estratégia de compras entre França, Suíça e Bélgica, com benefícios que compensaram os investimentos feitos no preço e na dinâmica promocional.
Esperando que os mercados permaneçam difíceis na segunda metade do ano, a Fnac pretende limitar o seu impacto nas vendas e resultados, acelerando a reestruturação do seu modelo de negócio. Mais concretamente, está prevista a abertura de novas lojas em regime de franchising e a introdução de novas categorias de produto. O que deverá permitir ao grupo continuar a aumentar a sua quota de mercado.