O CRIOC, uma organização belga que reúne várias associações de consumidores, está a questionar se a crise não estará também a ter efeitos positivos na promoção das credenciais éticas das empresas e dos produtos. Segundo o seu barómetro anual, que estuda a forma como os consumidores escolhem os seus produtos e as suas lojas, estes estão cada vez mais exigentes e baseiam-se em critérios evidentes como o preço, a qualidade dos produtos e a proximidade do ponto de venda, mas também, e cada vez mais, nas suas características éticas.

Contudo, para 53 por cento dos consumidores, o preço é de facto o primeiro critério de escolha. No entanto, o CRIOC alerta que o preço não pode ser aqui entendido exclusivamente como o montante preciso que um consumidor dispende para comprar um produto, mas sim como a percepção do produto em função das suas características, embalagem, marca, utilidade, disponiblidade, etc.