A Fnac anunciou uma série de medidas de redução de custos, no valor de 80 milhões de euros, que envolvem a supressão de 510 postos de trabalho, 310 dos quais no mercado doméstico, o francês.
Segundo o Planet Retail, retalhista espera conseguir estas medidas através de um programa voluntário de eliminação de redundâncias e pretende ainda moderar os salários dos restantes colaboradores. A Fnac avança ainda que vai renegociar os valores das rendas em 156 lojas e rever as suas operações, incluindo a exploração de outras opções para as suas lojas não rentáveis em Itália.
A Revismarket tentou saber, junto da Fnac Portugal, se estas medidas vão afectar também a operação nacional mas não obteve, até ao envio desta newsletter, qualquer comentário.
Alexandre Bompard, director executivo, disse ao jornal Le Figaro que estas medidas são uma reacção à quebra das vendas observada nos últimos seis meses, sobretudo no sul da Europa. De acordo com este responsável, o mercado de produtos de entretenimento tem caído, em média, dois por cento ao ano desde 2006, tendo diminuído mais de cinco por cento em 2011. As vendas de electrónica de consumo, que vinham a crescer desde 2006, também reduziram dez por cento desde Maio passado.
Não obstante, apesar deste programa de redução de custos, a Fnac vai continuar com os seus planos de desenvolvimento até 2015. Ao jornal francês, Alexandre Bompard apontou o sucesso de algumas medidas recentes, incluindo a abertura de novas lojas Fnac em locais em terminais de viagens e o lançamento do e-reader Kobo, que vendeu cerca de 30 mil unidades na época de Natal e foi o segundo melhor produto em termos de vendas, a seguir ao iPad 2. A Fnac também espera expandir o seu negócio multicanal e desenvolver novos produtos direccionados ao universo das crianças e das famílias.