Quebras de dois dígitos assinalam baixa na facturação dos mercado português de produtos tecnológicos
O mercado português de produtos tecnológicos registou, no segundo trimestre, uma tendência negativa de 12,8 por cento no valor de facturação face ao período homólogo do ano passado, não se tendo verificado nenhuma subida em nenhum segmento, aponta o índice GfK TEMAX.
Os valores de facturação caíram de 608 milhões de euros para 530 milhões de euros e poucos foram os produtos que mantiveram performance positiva.
O sector de equipamento de escritório foi o que registou a maior quebra (-21,%), seguido da electrónica de consumo (-17,1%), da fotografia (-13,5%) dos grandes electrodomésticos (-12,6%). Ainda na casa dos dois dígitos está a queda do mercado de tecnologias de informação, com menos 10,7 por cento. O mercado de telecomunicações e os pequenos electrodomésticos registaram perdas de 8,7 por cento e 5,9 por cento, respectivamente.
Todos os produtos que compõem a categoria dos grandes electrodomésticos tiveram performance negativa. As máquinas de lavar a roupa e a loiça, os frigoríficos, os combinados, os fornos, as placas, os exaustores, os microondas e as máquinas de secar permitiram uma facturação apenas de 128 milhões de euros, menos 12,6 por cento em relação ao período homólogo do ano passado e menos 12,1 por cento quando comparados os primeiros semestres de 2010 e 2011.
Já os pequenos electrodomésticos, apesar de uma variação global negativa com quebra de facturação na ordem dos 5,9 por cento, viram alguns produtos com variação positiva, caso dos mini fornos, das ventoinhas, dos espremedores, dos liquidificadores e dos produtos de cuidado dentário.
A electrónica de consumo, por sua vez, apresentou uma tendência negativa com um volume de vendas de 117 milhões de euros, o que fica 17,1 por cento abaixo dos valores registados no período homólogo. Apenas os auscultadores e as câmaras de vídeo contrariaram a tendência negativa do sector e têm tido boa performance. As televisões LCD, que representam mais de dois terços deste mercado, registaram uma tendência negativa.
No que toca às telecomunicações e às tecnologias da informação, o mais afectado destes dois mercados foi precisamente este último, que registou uma quebra de 10,7 por cento. Todos os produtos sofreram descidas, com destaque para os PC´s desktop, os monitores, os teclados, os ratos, as webcams, os discos rígidos e os modem,s que registaram uma variação negativa de dois dígitos.
No mercado das telecomunicações, registou-se um volume de vendas de 66 milhões de euros, o que significa uma variação negativa de 8,7 por cento, embora os smartphones mantenham a tendência positiva e continuem a ganhar importância neste mercado, com um peso de 40 por cento. Já os telemóveis e os telefones fixos continuam em queda.
Quando analisada a facturação do primeiro semestre do mercado de telecomunicações, verifica-se que teve uma queda de 10,2 por cento em relação a período homólogo do ano anterior.
No mercado de fotografia, as câmaras e as molduras digitais foram os produtos mais afectados, com quebras na facturação de dois dígitos. Este mercado obteve resultados negativos no segundo trimestre, com uma facturação de 21 milhões de euros, o que representa uma variação negativa de 13,5 por cento.
O equipamento de escritório, mercado mais afectado nesta tendência global de queda, registou um volume de vendas de apenas 32 milhões de euros, 21,1 por cento abaixo dos níveis deste trimestre no ano passado.
Electrónica de consumo
3.º trimestre de 2010: 139 milhões de euros
4.º trimestre de 2010: 195 milhões de euros
1.º trimestre de 2011: 142 milhões de euros
2.º trimestre de 2011: 117 milhões de euros (-17,1% que no 2.º trimestre de 2010)
1.º semestre de 2011: 259 milhões de euros (-10,2% que no 1.º semestre de 2010)
Fotografia
3.º trimestre de 2010: 29 milhões de euros
4.º trimestre de 2010: 31 milhões de euros
1.º trimestre de 2011: 20 milhões de euros
2.º trimestre de 2011: 21 milhões de euros (-13,5% que no 2.º trimestre de 2010)
1.º semestre de 2011: 40 milhões de euros (-9,4% que no 1.º semestre de 2010)
Grandes domésticos
3.º trimestre de 2010: 165 milhões de euros
4.º trimestre de 2010: 176 milhões de euros
1.º trimestre de 2011: 134 milhões de euros
2.º trimestre de 2011: 128 milhões de euros (-12,6% que no 2.º trimestre de 2010)
1.º semestre de 2011: 262 milhões de euros (-12,1% que no 1.º semestre de 2010)
Pequenos domésticos
3.º trimestre de 2010: 60 milhões de euros
4.º trimestre de 2010: 100 milhões de euros
1.º trimestre de 2011: 62 milhões de euros
2.º trimestre de 2011: 47 milhões de euros (-5,9% que no 2.º trimestre de 2010)
1.º semestre de 2011: 109 milhões de euros (-6,5% que no 1.º semestre de 2010)
Tecnologias da informação
3.º trimestre de 2010: 137 milhões de euros
4.º trimestre de 2010: 171 milhões de euros
1.º trimestre de 2011: 139 milhões de euros
2.º trimestre de 2011: 120 milhões de euros (-10,7% que no 2.º trimestre de 2010)
1.º semestre de 2011: 259 milhões de euros (-10,9% que no 1.º semestre de 2010)
Telecomunicações
3.º trimestre de 2010: 85 milhões de euros
4.º trimestre de 2010: 103 milhões de euros
1.º trimestre de 2011: 74 milhões de euros
2.º trimestre de 2011: 66 milhões de euros (-8,7% que no 2.º trimestre de 2010)
1.º semestre de 2011: 140 milhões de euros (-10,2% que no 1.º semestre de 2010)
Equipamento de escritório
3.º trimestre de 2010: 36 milhões de euros
4.º trimestre de 2010: 41 milhões de euros
1.º trimestre de 2011: 38 milhões de euros
2.º trimestre de 2011: 32 milhões de euros (-21,1% que no 2.º trimestre de 2010)
1.º semestre de 2011: 70 milhões de euros (-20,7% que no 1.º semestre de 2010)
GfK TEMAX
3.º trimestre de 2010: 651 milhões de euros
4.º trimestre de 2010: 817 milhões de euros
1.º trimestre de 2011: 609 milhões de euros
2.º trimestre de 2011: 530 milhões de euros (-12,8% que no 2.º trimestre de 2010)
1.º semestre de 2011: 1.139 milhões de euros (-11,1% que no 1.º semestre de 2010)