Desde o início do ano até à passada sexta-feira, dia 26 de Agosto, desapareceram em média quase 18 empresas por cada dia útil. Neste período, os tribunais portugueses declararam insolventes, 2.917 empresas, mais sete por cento do que em igual período de 2010, noticia o Diário de Notícias.
Um em cada quatro casos decretados de falência ocorre no sector do comércio. A construção, engenharia civil e promoção imobiliária são outros sectores em crise, com 636 empresas desaparecidas.
Insolvências em nível recorde
Depois de oito trimestres consecutivos de agravamento, os níveis de insolvência em Portugal atingiram um novo recorde histórico. Os números de 2011 mostram, pela primeira vez, níveis de insolvência superiores a 2.000 processos trimestrais. De acordo com os dados da Crédito y Caución, no segundo trimestre do corrente ano, foram registados 2.677 novos processos de falência no país, um aumento de 18 por cento em comparação com os valores do primeiro trimestre e de 71 por cento em relação ao período homólogo de 2010.
Esta evolução começou a notar-se de forma mais significativa a partir do primeiro trimestre de 2009, altura em que se superou, pela primeira vez, a barreira do milhar de processos trimestrais, praticamente o dobro dos níveis habituais registados antes da crise que se iniciou em 2008.
De acordo com a monitorização dos processos do Departamento de Gestão de Risco da Crédito y Caución, este agravamento afectou maioritariamente as pessoas físicas. Entre os particulares este aumento chegou aos 34 por cento.