Portugal é o sexto país com um índice de taxa de perda desconhecida mais baixa na Europa, ao atingir um valor de 340 milhões de euros, equivalente a 1,24 por cento das vendas totais no retalho.
Estes dados, apurados pelo Barómetro Global do Furto no Retalho, estudo patrocinado pela Checkpoint Systems, representam um decréscimo de 1,6 por cento comparativamente a 2009, o que contrariou as expectativas que apontavam um possível aumento das quebras, resultado da recessão económica e do aumento do desemprego.
À semelhança do ano anterior, a taxa portuguesa de perdas mantém-se inferior à da média europeia (1,29%) e da média global (1,36%), o que mostra o esforço dos retalhistas, a operar no mercado nacional, no combate contra este fenómeno, tanto ao nível das estratégias implementadas como do investimento em sistemas de prevenção inovadores e eficientes.
Em Portugal, os custos de crime no retalho atingiram os 383 milhões de euros, dos quais 286 milhões de euros correspondem a crimes por furto e 97 milhões de euros ao investimento efectuado em soluções de protecção dos artigos. O furto por parte dos clientes, incluindo pequenos furtos e furto organizado, foi a principal causa da perda desconhecida, ao atingir uma taxa de 48,7 por cento (165,6 milhões de euros). Em segundo lugar surge o furto proveniente dos empregados, que chega aos 97,9 milhões de euros, o que representa uma taxa de 28,8 por cento. Por último, os fornecedores, com 6,5 por cento (22,1 milhões de euros), e os erros internos que valem 54,4 milhões de euros (16,0%).
A análise dos resultados do Barómetro, ao longo dos últimos 10 anos, mostra-nos que Portugal, após um período de sucessivo aumento do índice da perda desconhecida, entrou desde 2004 num ciclo descendente até 2010, apresentando, inclusive, nos últimos três anos, taxas inferiores à das médias europeia e global. O desempenho positivo do mercado nacional explica-se pela maturidade do negócio do e pela adopção de medidas que articulam processos, tecnologia e pessoas.