Enquanto por cá se fala em cenário recessivo, no abrandamento da procura e num fraco índice de confiança por parte dos consumidores, no Brasil, a vontade de comprar nunca atingiu níveis tão elevados. Segundo as projecções da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o comércio a retalho deverá encerrar o ano com um crescimento de 10,4 por cento nas vendas, quase o dobro dos 5,9 por cento registados em 2009.
Uma realidade ainda mais contrastante com a nossa, a pesquisa, divulgada esta terça-feira, dia 19 de Outubro, mostra que duas em cada três famílias (65,3%) devem adquirir algum tipo de bem durável, incluindo electrodomésticos e electrónica de consumo.
As vendas destes produtos já ajudaram o comércio brasileiro a elevar os negócios em Agosto. Segundo o levantamento mensal realizado pela Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), o volume de vendas cresceu 5,6 por cento e o facturação cerca de 5,4 por cento. O sector dos electrodomésticos e electrónica teve uma facturação 32,9 por cento superior ao do mesmo período do ano anterior.