Poupar está na moda. Uma tendência que já se vinha desenhando nos últimos anos foi agudizada pela actual crise financeira, que colocou a necessidade de poupar no centro de todos os discursos.
Os portugueses também querem poupar e, de acordo com a última edição do Observador Cetelem, revelam este ano mais vontade de economizar que de consumir. O consumo irracional e desmedido começou a dar lugar a um outro, baseado na racionalização de despesas, de modo a compatibilizar os desejos de bem-estar com as restrições aos orçamentos familiares.
A frugalidade é sinónimo de bom senso e é transversal a todas as classes sociais. Mas as poupanças não se fazem apenas ao nível financeiro. Os actuais estilos de vida ditaram um número cada vez maior de horas passadas a trabalhar e a consequente diminuição dos tempos de lazer. Ao mesmo tempo, a dimensão das habitações actuais é cada vez mais espartana, enquanto a consciência social não pára de aumentar. As poupanças são assim desejadas também ao nível do tempo dispendido para a realização das tarefas domésticas, do espaço que os equipamentos ocupam nas nossas casas e dos recursos que utilizam. Um estudo recentemente realizado pela Electrolux junto dos consumidores europeus sobre os seus electrodomésticos veio precisamente revelar que 70 por cento preferem equipamentos amigos do ambiente.
Abaixo, deixamos algumas propostas económicas. Dos recursos naturais ao espaço ocupado, passando pelas economias de tempo e de dinheiro, estas propostas têm como denominador comum uma grande preocupação com a poupança.