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UGT, Igreja e comércio tradicional repudiam alargamento do horário de funcionamento dos hipermercados
2010-07-23

A UGT, a Igreja e as associações representantes do comércio tradicional já se manifestaram contra a decisão de harmonizar os horários dos comércios, tomada esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

Segundo a Lusa, a UGT considera que irá penalizar os trabalhadores do sector. "Tal decisão é claramente negativa para os milhares de trabalhadores deste sector que já vêem as suas condições de trabalho fortemente marcadas pela desregulação e pela precariedade", defende a central sindical.

Por sua vez, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) discorda da medida afirmando que o lucro não deverá sobrepor-se aos valores familiares. “A lógica do lucro não pode governar a sociedade", sublinha o porta-voz da CEP, padre Manuel Morujão, defendendo que os domingos deverão ser "dias de encontro de familiares".

Do lado do comércio tradicional, a nova medida é vista como uma nova ameaça.

O presidente da Associação de Comerciantes do Porto (ACP), Nuno Camilo, alerta para a diminuição do consumo no comércio tradicional, consequentes encerramentos e desemprego. “Consideramos lamentável esta alteração e não percebemos a necessidade e mais-valia desta alteração. Tem de haver responsabilidade social. Uma medida como esta vai levar ao encerramento de empresas e aumentar o desemprego no comércio tradicional”, em declarações à Lusa.

Nuno Camilo considera que o argumento da criação de postos de trabalho é “irreal”, porque o que haverá é “uma adaptação da rotação dos turnos” nas grandes superfícies. A posição é partilhada pela Confederação do Comércio e Serviços (CCP) que alude ao facto de, desde 2000, haver mais dois milhões de metros quadrados licenciados em grandes superfícies e o emprego no comércio estar praticamente igual (750 mil postos).

Os argumentos das duas associações são, no entanto, refutados pelo Governo. Em conferência imprensa, o ministro da Economia, Vieira da Silva recusou a ideia de que esta alteração vai afectar o comércio mais pequeno. "Nós temos um sistema de distribuição diferente do que existia há 20 anos.O que existe agora são regras que se aplicam a todos e vão servir melhor o interesse dos consumidores".

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L.Branca/PAE

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