As empresas e os consumidores da região de Lisboa são os que menos cumprem os pagamentos. No reverso da medalha, estão os da região Centro, que registam as menores taxas de incumprimento, revela a Intrum Justitia, empresa de serviços de gestão de cobranças, no estudo "7 Famílias Perfil de Clientes Incumpridores" apresentado hoje, dia 10 de Novembro, em Lisboa.
Do total de consumidores com incumprimentos em Portugal, 46 por cento residem na região de Lisboa. As empresas registam um comportamento semelhante, sendo na região de Lisboa que se concentram 39 por cento dos incumprimentos.
O estudo da Intrum Justitia teve por objectivo conhecer o perfil dos devedores portugueses, conhecendo as razões porque não pagam, tendo por base a sua capacidade financeira e o seu grau de vontade em regularizar as suas dívidas. Segundo Luís Salvaterra, director geral da Intrum Justitia Ibérica, “este estudo permite concluir que a maioria do devedores não paga porque não pode. Os consumidores e as empresas têm diferentes motivos para não pagar as suas dívidas e dividi-los em ‘maus’ e ‘bons’ pagadores é uma classificação simplista”.
Segundo o estudo, que divide os incumpridores em sete perfis diferentes, conclui que a maior fatia (22%) dos consumidores devedores são “Sinceros”. Este tipo de consumidor não tem conhecimento do valor pendente ou existe um desacordo entre as partes sobre o valor a liquidar. A disputa pode referir-se a um produto não recepcionado, a não satisfação com o serviço, um desconto não aplicado, existência de uma não conformidade com o produto ou um erro de facturação.
Do lado das empresas, a maior fatia (25%) encaixa no perfil de “Selectiva”. Esta família define, à sua vontade, a prioridade das suas obrigações, tendendo a pagar, em primeiro lugar, as facturas dos fornecedores estratégicos para a sua actividade, seguindo-se as facturas que tenham impacto em termos de imagem e de reputação, como por exemplo o Estado, e numa última fase as dos fornecedores de telemóvel ou electricidade.
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