Estudo Fujitsu revela que os retalhistas reduziram gastos com as TI mas não se esperam novos cortes no futuro
A Fujitsu efectuou um estudo do mercado de retalho a nível europeu, que incluiu Portugal, que revelou que os retalhistas continuam a retrair-se de grandes investimentos, tendo em vista o actual clima económico, e que 95 por cento esperam que a retracção possa durar ainda mais dois anos.
O estudo, executado por meio de entrevistas directas junto de retalhistas europeus, salienta que a redução de custos é a maior prioridade no actual clima económico, com 43 por cento dos inquiridos a confirmar cortes nos seus orçamentos TI. Contudo, a maioria não espera assistir no futuro a novos cortes nesses orçamentos. É interessante observar que um quinto dos entrevistados viu o seu orçamento de TI crescer porque as equipas de gestores procuram investir nos seus negócios durante a depressão para emergirem dela mais aptos, ágeis e fortes.
Embora 95 por cento dos retalhistas classificassem as suas organizações como eficientes, só metade tem estabelecidas metas de produtividade específicas. Quando lhes foi pedido para nomearem a área que, segundo eles, teria o maior impacto na produtividade, 37 por cento referiram sistemas de TI flexíveis, seguidos pela integração sem descontinuidades entre componentes (26%). Apenas 58 por cento dos retalhistas medem actualmente o retorno de investimento dos seus sistemas de TI.
Segundo João Carvalho, responsável pela unidade de negócio de Retalho da Fujitsu Services, “esta pesquisa mostra que muitos retalhistas estão actualmente a perseguir políticas de redução dos seus gastos em TI, centrando-se, essencialmente em objectivos de curto prazo. Apenas um terço utiliza os princípios de gestão “lean” para simplificar os seus sistemas, remover constrangimentos e eliminar desperdícios, política que, em contrapartida, conduzirá a benefícios significativos no médio prazo. Os retalhistas que adoptam este posicionamento, identificando as oportunidades de melhoramento dos sistemas críticos de negócio, e neles investindo durante esta fase economicamente adversa, colherão os benefícios a médio prazo e ficarão idealmente posicionados para desenvolverem os seus negócios, explorando as vantagens competitivas daí resultantes, no período pós-recessão.”