De acordo com o estudo “Main Streets Across the World 2009” da Cushman & Wakefield, Lisboa subiu uma posição relativamente a 2008, sendo actualmente a 39.ª localização de comércio mais cara do mundo.

O Chiado é a localização mais cara da capital, com um valor mensal de rendas de 960 euros anuais por metro quadrado (80 euros/m2/mês). “Apesar da conjuntura actual do mercado, o comércio de rua continua em crescimento. O Chiado, actualmente com valores acima da Avenida da Liberdade, é a zona mais procurada, atraindo desde lojistas emergentes a já consolidados no nosso mercado," sublinha Sandra Campos, partner e directora do departamento de retalho da Cushman & Wakefield em Portugal.

A nível mundial, mais de metade das mais prestigiadas localizações de retalho foram afectadas pela crise económica global. 54 por cento das 274 localizações de retalho analisadas registaram uma descida dos valores das rendas prime. Foi a maior descida global dos valores de rendas de retalho nos 24 anos de história do estudo. “Os últimos 12 meses têm sido os mais difíceis de sempre para o sector de retalho, com o consumo e as vendas de retalho a descerem em muito mercados. No entanto, as boas notícias são que certamente o pior já passou. A recuperação económica em muitos dos principais mercados está a dar os primeiros passos, como o caso do mercado alemão que já saiu oficialmente da recessão. Existem, no entanto, alguns mercados que continuarão a ser afectados até ao próximo ano, mas prevemos que haja uma recuperação para a grande maioria,” explica Sandra Campos.

A maioria das dez localizações mais caras a nível mundial registou uma descida nas rendas prime ou estabilizações dos valores de rendas. A 5.ª Avenida, em Nova Iorque, continua a ser a localização de retalho mais cara do mundo, onde os retalhistas pagam 13.027 euros por metro quadrado por ano, o que representa uma descida de 8,1 por cento em comparação com os valores de 2008. A 5.ª Avenida é a localização de retalho mais cara do mundo há oito anos consecutivos. A Causeway Bay, em Hong Kong, e os Champs-Élysées, em Paris, mantêm a segunda e terceira posições respectivamente.

A cidade de Munique, por sua vez, foi a que teve a maior subida no top 10, com a Kaufingerstrasse a subir três posições no ranking com uma subida de 7,1 por cento no valor de rendas. A cidade de Dublin, com a Grafton Street, registou a maior descida do top 10, descendo da quinta para a oitava posição com a renda prime a descer 22,5 por cento. No ano passado, esta mesma localização tinha entrada para o top 5 pela primeira vez.

A nível global, a Alameda Lorena e o Iguatemi Shopping na cidade de São Paulo, no Brasil, registaram a maior subida nos valores das rendas, 111 e 79,3 por cento respectivamente. Em Nova Deli, na Índia, a Basant Lok registou a maior subida, 79,1 por cento, enquanto que na Europa, foi a Rue St Catherine, na cidade de Bordéus, em França, que teve a maior subida, 17,6 por cento.