O sector dos pequenos domésticos foi o único apresentar uma variação positiva de 5,4 por cento no mercado português, no primeiro trimestre, contrariando a tendência negativa observada em todas as áreas de produto e não se mostrando afectado pela actual conjuntura económica.

Contudo, dentro deste sector, as tendências foram distintas, com alguns produtos a apresentarem melhores performances que outros. No caso dos ferros de engomar, segundo os dados da GfK Portugal, o comportamento positivo em unidades (+3,4%) não foi suficiente para contrabalançar descida mais acentuada de 3,5 por cento no preço, ditando uma queda de 0,3 por cento na facturação destes produtos, situando-a nos 6.985 mil euros.

Todos os canais de distribuição mostraram tendências negativas, destacando-se claramente a queda de dois dígitos nas grandes superfícies em todos os parâmetros de análise. A perda de 40,6 por cento no volume de vendas, associada a uma descida de 12,6 por cento no preço, ditou uma descida na facturação deste canal para quase metade do valor observado no período homólogo anterior (-48,1%). Menos penalizados, mas igualmente negativos, os independentes e associados viram a sua facturação cair quase dez por cento.

As cadeias foram a única excepção, tendo conseguido crescer quer em volume (+30,4%), quer em valor (+24,6%), não obstante a descida de 4,3 por cento no preço. Pode-se assim dizer que o crescimento de 3,4 por cento em unidades deve-se às vendas efectuadas nas cadeias.

A análise das tendências por produto mostra, por outro lado, que quase 73 por cento do total de unidades vendidas entre Janeiro e Março foram de ferros de engomar convencionais. O segundo produto de maior expressão no mercado português são os sistemas de engomar, que representaram 24,7 por cento do total de unidades vendidas, mas que perderam quota face ao período homólogo anterior.

Porém, analisando na óptica do valor, e apesar de uma repartição de quotas mais equilibrada que a de volume, são precisamente os sistemas de engomar que abarcam mais metade da facturação deste mercado (53,1%).

Veja em detalhe as análises da GfK sobre os ferros de engomar no primeiro trimestre.