A administração da Qimonda em Portugal entregou, dia 26 de Março, ao Tribunal a declaração de insolvência.
Segundo comunicado da empresa, o objectivo é “vir a permitir a reestruturação da Qimonda Portugal, de forma a poder participar de qualquer solução que venha a ser encontrada para viabilizar a continuação da actividade de produção de memórias DRAM da Qimonda AG, na Europa”.
A crise no sector dos semicondutores, a paragem total da fábrica de Dresden, que impede a unidade de Portugal de receber matéria-prima a partir desta semana, e a ausência de propostas da parte de investidores estão na base da decisão da administração de Vila do Conde. “Estes factores, aliados à impossibilidade de se encontrar uma alternativa imediata, inviabilizam a normal laboração da Qimonda Portugal e colocam a empresa numa situação financeira insustentável”, lê-se no comunicado. .
Desde o anúncio do risco de insolvência da Qimonda AG, em Dezembro de 2008, que a administração da Qimonda Portugal, em conjunto com o Governo, tudo tem feito para garantir a viabilidade futura da unidade de Vila do Conde e salvaguardar o emprego dos seus 1.200 colaboradores. As diligências no sentido de se encontrar um investidor irão prolongar-se para além do fim de Março. “Estamos cientes do valor da unidade de Vila do Conde, única na Europa, e da qualidade do trabalho desenvolvido pelos nossos colaboradores, como o demonstram os resultados positivos que sempre foram alcançados e a competitividade a nível mundial que foi demonstrada pela unidade portuguesa. Por todas estas razões, a administração da Qimonda Portugal acredita e tudo fará para que seja possível reorganizar a empresa e o negócio, garantindo a viabilidade futura da unidade de Vila do Conde”.