Mais do que espirros ou dificuldades respiratórias, a gripe A está provavelmente a causar alguns “ataques de nervos” aos economistas, que ainda não perceberam qual será o seu verdadeiro impacto na economia e se será motivo suficiente para nos fazer mergulhar por mais tempo num clima de recessão. Para já, o custo económico da gripe está a ser marginal, na ordem dos 0,002 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, segundo um estudo da Natixis.
Mas a história mundial já mostrou, por várias vezes, que as doenças não necessitam de se manifestar a uma grande escala nem de ter uma grande virulência para terem impacto nas economias. Com o Outono à porta no hemisfério Norte, o efeito de uma segunda vaga de gripe poderá ser bem maior do que o até agora ocorrido, porque coincidirá com o momento em que as várias economias começam a sair da crise e com a forte época de vendas que é o Natal.
Um estudo da Deloitte, em colaboração com a Intelligent Life Solutions, já contabilizou alguns dos possíveis custos da pandemia para o nosso país. De acordo com a projecção, o absentismo laboral motivado pela infecção com o H1N1 poderá originar uma redução do PIB nacional entre 0,3 e 0,45 por cento, um valor que pode oscilar entre os 490 e os 740 milhões de euros.
Do lado dos empresários já se levantaram vozes de receio, de que a gripe acelere as falências. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal estima que milhares de estabelecimentos fechem temporariamente as portas, como consequência de um pico de pandemia.
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