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Encontro-Electro- Quais os principais problemas e oportunidades para lojas especialistas Electro?
2011-11-28

Durante vários meses, consultámos o mercado sobre o interesse em reunir os profissionais especialistas para analisar o mercado e encontrar soluções para o futuro. Inquirimos profissionais e recebemos informações por parte da distribuição e de alguma produção, que se mostraram preocupadas com este tema. Resumimos e agrupámos as várias preocupações em grandes grupos que reflectem os principais problemas das lojas especialistas e que poderão servir de orientação para um futuro programa de trabalho.

1 - Problemas e ameaças externas

2 - Problemas e ameaças internas

3 - Pontos fortes do comércio especialista

4 - Oportunidades para o comércio especialista

A- Problemas e ameaças externas

Consumo, mercado, canais de distribuição e relação com as marcas

1. Consumo

- Perfil do “novo” consumidor, suas actuais preocupações e necessidades. Onde o como irá ser a sua intenção de compra amanhã!

- Que futuro/tendências no crédito ao consumo?

- Necessidade crescente de definição clara de clientes-alvo para as lojas tradicionais, tendo em conta a tipologia de clientes que as visitam

2. Mercado, canais de distribuição

- Baixa significativa de tráfego nas lojas e redução de consumo com perspectivas de continuidade

- Ameaça do número de lojas concorrentes de grandes grupos económicos (cadeias cada vez mais fortes) e de novos conceitos e formatos emergentes

- Como trazer tráfego de clientes às lojas tradicionais?

- Que grande distribuição com o fim do volume e necessidade de rentabilidade?

- Como está e deve reagir um retalho descapitalizado, desfasado e envelhecido?

- Temos um associativismo consciente das necessidades dos seus “clientes” e adequado ao nosso mercado?

- O sector estará devidamente organizado e representado para fazer valer as suas posições?

- Qual o futuro dos empresários comerciais e dos respectivos trabalhadores especializados, perante a degradação do poder de compra dos portugueses e o aumento de grandes grupos comerciais no nosso mercado?

- Dimensão pequena e consequente reduzido poder de negociação

3. Relação com as marcas

- Que política comercial? Querem ou não continuar a trabalhar e apoiar o comércio tradicional?

- Continuidade no emagrecimento estrutural

- Sérias parcerias ou a continuação do “salve-se quem puder”?

- Que modelo de distribuição amanhã?

B - Problemas e ameaças internas

Capacidade financeira, imagem das lojas e atitude dos profissionais

1. Rentabilidade/capacidade financeira das lojas

- Baixa de rentabilidade com as “margens a cair cada vez mais” agravadas pelos preços e promoções “suicidas” que têm vindo a aumentar

- Dificuldade financeira por parte das lojas para fazer face a este período e para adequar o ponto de venda e estruturas aos “tempos modernos”. Que financiamento e flexibilização está previsto para o sector? Dificuldade na obtenção de crédito e gestão tesouraria

- Qual a tendência/futuro em relação à importação?

- Dificuldade na gestão de stocks/obsoletos

- Necessidade urgente de redução de custos para anulação do efeito redução de volume na margem. A legislação em vigor dificulta grandemente a gestão apertada, que contra medidas teremos de fazer para que os custos fixos possam reduzir proporcionalmente à redução das vendas?

- O excessivo proteccionismo do Estado aos grandes grupos existentes, nacionais e estrangeiros, em detrimento do comércio instalado, nomeadamente na deslocalização das pessoas dos centros urbanos para áreas comerciais fora ou nos limites das cidades, com vias de comunicação, parques de estacionamento e transportes públicos

- Dificuldade para adaptar-se às regulações em matéria de horários, redução de preços, reciclagem, que se traduzem em aumento de custos e redução de margens

- Risco da cobrança vai aumentar ainda mais nos próximos tempos

2. Imagem profissional e atitude

- Atitude individualista com gestão centralizada que agrava a lentidão em acompanhar a mudança

- Retalho descapitalizado e muitas vezes desfasado da realidade actual devido à falta de visão e de conhecimento do mercado

- Retalhistas com postura passiva e dificuldades em liderança, atitude individualista e ritmos lentos

- Falta de vontade de mudar, de ambição e de humildade. Falta de sucessão

- Necessidade de formação para donos de lojas para melhorar os seus conhecimentos acerca dos artigos e fazer uma venda sustentadas e de maior valor

- Necessidade de ajuste e modernização das estruturas e mais ferramentas de análise

3. Imagem/exposição das lojas físicas

- Imagem demasiado "tradicional", estruturas “envelhecidas” e arcaicas com as quais as novas gerações dificilmente se identificam

- Surgimento de outras lojas especializadas mais modernas e atraentes, novos conceitos de retalho embora de pequena e média dimensão mas mais efectivos

- Iluminação, exposição pouco cuidada quer ao nível do produto quer ao nível geral da loja, distribuição do produto mal concebida do ponto de vista da arrumação e da circulação dos consumidores. Pouca utilização das montras como uma renovação regular e atractiva aproveitando as diferentes campanhas de comunicação das marcas. Poucos destaques no interior das lojas com base nas campanhas e novidades de lançamento das marcas

- Pouco ou nenhum investimento por vezes por falta de capacidade financeira para adequar lojas a tempos modernos quer ao nível da redecoração quer ao nível das novas tecnologias como a Internet TV

- Campanhas de comunicação ao consumidor, como folhetos e catálogos, pouco frequentes e de fraca qualidade e muito centradas no preço

- Fraca qualidade dos recursos humanos, necessidade de aposta em recursos mais qualificados

Pontos fortes do comércio especialista

1- Rapidez e dinamismo

- Maior dinamismo devido às estruturas mais leves que possibilitam maior rapidez na transformação do negócio e a rápida implementação de medidas

- Maior flexibilidade entre a gestão e as vendas que permite a implementação rápida da melhoria de serviço na loja e criação de equipas fortes e eficazes

2- Proximidade e serviço

- Conhecimento dos consumidores que possibilita a venda de produtos e serviços com valor acrescentado de qualidade como as entregas ao domicílio e pós venda.

- Atendimento personalizado como a explicação e ligação, sintonia dos produtos em casa do consumidor

- Proximidade que permite tirar partido do cansaço e insatisfação dos clientes perante as mega-lojas e da fidelização criada pela confiança ao longo dos anos

- Novas oportunidades que passam pelos serviços que as mega-lojas não conseguem prestar com êxito

- Conhecimento profundo de produto que permite junto do consumidor elevar o valor médio da venda

3 - Sinergias de grupo

- Possibilidade de criar ou implementar sinergias de grupo

- Possibilidade de criar sinergias com fornecedores e outro comércio local

- Criação de modelo logístico integrado e partilhado

- Store in Store com marcas, sinergias de marketing com marcas

- Aproveitamento da dinâmica da distribuição moderna

Oportunidades para o comércio especialista

- Novas tecnologias e produtos, nomeadamente Internet TV, 3D, através do conhecimento do produto. No caso da TV, a mudança para o digital pode criar uma oportunidade, não só para a venda de novos equipamentos, mas também de serviços (esta vertente, nos próximos dois anos, pode ser um catalisador de oportunidades)

- Melhoria na imagem de vendedor de tecnologia em detrimento de "loja de electrodomésticos tradicional"

- Regeneração do modelo de negócio

- e-commerce como fonte de inovação. Apostar na Internet como veículo de comunicação

- Associativismo com forte disciplina e total compromisso

- Dificuldades de acesso ao crédito trazem mais fluxo às lojas tradicionais, que pode tresultar em mais vendas com um risco associado mais elevado mas reforçando, dessa forma, novamente os consumidores ao seu estabelecimento

Todas estas informações foram fornecidas pelos profissionais do mercado que responderam e participaram neste inquérito. Respostas de 108 profissionais (marcas, lojas, serviços etc...) ao longo de 4 meses em 2011.

Pode consultar aqui algumas das mensagens que recebemos. As restantes participações foram feitas através de inquérito directo.

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