Margens esmagadas, competitividade cada vez maior, tráfego de clientes e facturação das lojas a baixar... O consumidor com receio do futuro, com maior atenção e até a protelar as suas compras. Por outro lado, cada vez mais exigente e esclarecido, menos tolerante e exigente de maior especialização e rapidez de resposta. Este é o cenário do comércio especialista, que está apreensivo e questiona-se sobre o futuro do negócio.
As premissas tradicionais do negócio Electro mudaram e, na azáfama do dia a dia, terão os profissionais disponibilidade para analisar os novos paradigmas do negócio?
Estarão preparados para as alterações de consumo e das novas expectativas dos consumidores?
E já se consciencializaram das novas oportunidades emergentes e dos novos serviços que podem impulsionar o negócio?
Acreditamos que esta é uma altura crucial para o comércio especialista em Portugal e é fundamental que os profissionais do sector se reúnam para, em conjunto, reflectir, trocar experiências e analisar o negócio Electro. A Rm-Revismarket, como meio de comunicação especializado do sector, gostaria de realizar o Encontro Rm-Electro 2011, um dia de trabalho em que os profissionais do comércio electro “abandonam” o seu negócio para trabalhar, em conjunto com alguns especialistas, equacionar as dificuldades e oportunidades para repensar o seu negócio, longe de todas as distracções diárias. A ideia é que esta acção seja mais do que um simples encontro de partilha de experiências, a iniciativa pretende ser uma jornada de trabalho onde se põem em causa os processos habituais com o objectivo de analisar novas soluções para o negócio Electro.
Para analisar a viabilidade desta acção, gostaríamos de perceber o interesse do mercado pela iniciativa e receber as vossas opiniões e sugestões para decidirmos se avançamos ou não com esta jornada de trabalho.
Se acha que seria interessante realizar esta iniciativa, envie-nos a sua opinião e sugestões de temas de interesse para comercial@revismarket.com ou adicione o seu comentário directamente no Blog Palavras Eléctricas.
Alguns comentários recebidos:
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Lisboa, 30 de Junho de 2011
Se me permite, não só está na hora, como é absolutamente Urgente Ouvir, Reflectir e Concertar posições. Como tenho dito a miúdo, é hora de arrebate!
Na minha opinião, seria interessante uma abordagem profunda e séria nas diversas componentes do sector, se bem que tudo dependerá da forma como os intervenientes se preparem e queiram aproveitar esta oportunidade…no entanto, formaria 4 grandes blocos de análise, a saber:
- Consumidores, Canais Distribuição, Distribuidores/Marcas, Banca ou Área financeira
Em cada uma delas e de uma forma cirúrgica, haveria lugar a uma análise profunda e VERDADEIRA quanto ao estado actual e as respectivas directrizes (já assumidas e sempre que existam) para os próximos dois anos.
Consumidores – Perfil do “novo” consumidor, suas actuais preocupações e necessidades. Onde o como irá ser a sua intenção de compra amanhã!
Canais Distribuição – Que Grande Distribuição? com o fim do volume e necessidade de rentabilidade. Como está a reagir um retalho descapitalizado, desfasado e envelhecido. Temos um Associativismo consciente das necessidades dos seus “clientes” e adequado ao nosso Mercado? O Sector estará devidamente Organizado e Representado para fazer valer as suas posições?
Distribuição/Marcas – Que politica comercial - continuidade no emagrecimento estrutural? Sérias Parcerias ou a continuação do “salve-se quem puder”? Que modelo de distribuição amanhã?
Área Financeira – Que futuro do crédito ao consumo. Que financiamento e flexibilização está previsto para o sector. Importação, que amanhã?
Estes são entre muitos outros, temas e propostas de trabalho que de uma forma transversal, julgo ser de interesse comum, há que ouvir, debater e encontrar abertamente soluções futuras. O mais provável, será perceber que não haverá nada de novo, salvo a disponibilidade e o querer apanhar a (ultima muito provavelmente) irrepetível “hola” de mudança.
A forma? pouco interessa. Desde que haja em TODOS, responsabilidade, envolvência e espírito de trabalho e partilha. Não se trata de um cliché, mas o todo sem as partes não tem razão de existência!
Como Povo não tenhamos qualquer dúvida, temos um ADN Único, com história, conhecimento e capacidades invejáveis neste Mundo. Descobrimos, estivemos e permanecemos com Imensa Dignidade e Apreço, nos quatro cantos do mundo.Se moldamos a historia de ontem, que nos prende na do Amanhã?
Á Revismarket, bem hajam pelo v/empenho e contribuição num sector por vezes tão ingrato.
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Lisboa, 23 -6- 2011
È importante ouvir opiniões que possam vir a contribuir para a reflexão sobre este tema ,alertando para os problemas , induzir confiança no formato e gerar ideias de inovação, criando alternativas ,por forma a garantir o futuro do retalho especializado de pequena e media dimensão.
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Benavente- 6-6-2011
Considero que esta reunião pode ser frutuosa se houver um cuidado grande na elaboração da agenda e na mediação dos temas a discutir, de forma a não se cair em mais um dia de debates sem qualquer sumo. SE for uma plateia enorme será garantido o insucesso.
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Setúbal 5-6-2011
Acho uma excelente iniciativa aquela que propõem, estarei disponível para assistir . Os assuntos que gostaria de ver debatidos:
1. Como trazer tráfego de clientes ás lojas tradicionais.
2. A legislação em vigor, dificulta grandemente a gestão apertada que teremos todos de fazer nestes próximos anos, que contra medidas teremos de fazer para que os custos fixos possam reduzir proporcionalmente á redução das vendas.
3. O excessivo proteccionismo do estado aos grandes grupos existentes, nacionais e estrangeiros, em detrimento do comércio instalado, nomeadamente na deslocalização das pessoas dos centros urbanos para áreas comerciais fora ou nos limites das cidades, com vias de comunicação, parques de estacionamento e transportes públicos que surgiram com o total apoio do estado.
4. Qual o futuro dos empresários comerciais e dos respectivos trabalhadores especializados, perante a degradação do poder de compra dos portugueses e o aumento selvagem de grandes grupos comerciais no nosso mercado.
Há muito mais, mas penso que estes pontos já dão um pouco de trabalho a debater.
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Leiria 4-6-2011
Na minha opinião acho de grande interesse este encontro e abordar esses mesmos temas .
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caldas da Rainha 3-6-2011
"Em relação à nossa empresa, a nossa opinião é que as marcas, de uma vez por todas, têm que definir se querem trabalhar com empresas de retalho que dignificam as marcas com serviço pós venda e atendimento personalizado. Ou seja, será de todo impossível com todo este serviço acompanhar o preço das grandes superfícies que cada vez mais absorvem o mercado não por culpa nossa mas sim da forma como os negócios são feitos com eles ou seja economicamente para os fornecedores será muito melhor trabalhar com esse tipo de clientes do que com o retalho especializado. Enfim, também porque esta nova geração de clientes e também a política do nosso país e para reduzir o consumo portanto ou será feito qualquer coisa a qual nos estamos receptivos a participar ou então, infelizmente, o comércio de rua (retalho especializado) tem os dias contados ou seja cada vez mais insolvências vão acontecer e é pena porque, na parte que nos toca, investimos muito na formação e no serviço ao cliente final. Contudo não sei se será possível mudar a mentalidade dos empresários do ramo dos electrodomésticos porque, infelizmente os empresários portugueses não só no ramo dos electrodomésticos mas no geral, não têm espírito de associativismo. Ou seja temos algumas centrais de compras mas não são mais do que distribuidores aos quais chamamos centrais de compras. Porquê? porque mais uma vez tenho que dizer falta gostarmos do que é nosso e de nós próprios para podermos respeitar e defender os profissionais do sector. Estamos disponíveis para qualquer coisa que se possa fazer para mudar"
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Lousã 3-6-2011
Acharia muito bem que se realiza-se um evento desta natureza.
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Viseu 3-6-2011
Achamos oportuno, até diria indispensável, porque anda tudo doido. E preciso parar para pensar. Assistimos a práticas que são verdadeiros suicídios, que o digam os que usam e abusam da oferta do IVA e das notas 20 e outros disparates. Algumas marcas que ajudam a sustentar estas praticas também são grandes responsáveis e são os mesmos que pagaram para que se abrissem mega lojas para agora estarem cheias de trabalhadores e vazias de clientes. esta na hora de tocar a rebate!!!.
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Lisboa 1-6-2011
"Para realizar uma reunião com chances de obter resultados palpáveis, o painel deveria ser limitado em participantes e focado em procurar alternativas (fora da caixa) com o objectivo de trazer clientes para as lojas. Senão vai resultar num dia de lamento geral."
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Lisboa- 1-6-2011
"Concordo obviamente e vejo todo o interesse mas o que há que evitar é que seja um debate "político" de apontar culpados (as grandes superfícies, as marcas,o governo, etc.) e discutir soluções operacionais práticas e eficazes.
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Lisboa- 30-5-2011
"Acho que a ideia de um encontro de trabalho para abordar a actual situação do sector Electro seria uma óptima ideia e um excelente ponto de partida para se encontrarem pontos de interesse e soluções para um período conturbado como este que estamos a atravessar, mas mais importante ainda o que vamos ter pela frente.
Acho que este encontro deveria ter um painel diverso quer de fornecedores, quer da parte da distribuição, bem como alguém das áreas da gestão e marketing, onde fosse possível encontrar um ponto de partida para a criação de maiores equilíbrios em todas as áreas, e onde fosse possível sensibilizar o tecido empresarial do dito comercio tradicional do ramo electro para outras formas de comercio e comunicação. Onde a proximidade tem de ser a palavra de ordem. Desde já deixo a minha predisposição para participar num evento deste tipo."
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Porto- 30-5-2011
"Na minha opinião existe um tema que deveria ser discutido com a maior frontalidade e de carácter urgente que é o facto do mercado de uma vez por todas admitir uma quantificação correcta sobre a verdadeira quebra de vendas.
Não existe nenhum outro sector onde os vários operadores pretendam iludir uma situação de vendas completamente irrealista que nos está a levar a uma quebra acentuada das margens sendo que alguns operadores para justificarem internamente os volumes de vendas começam a entrar numa pratica de negócios com preços abaixo do custo através de campanhas de descontos e retomas que não é mais do que uma compra de quota de mercado para justificar vendas que na realidade não existem, pois estão a vender ao próprio mercado não se tratando de sell-out mas sim de transferência de produto de um ponto de venda para outro de menor dimensão, este processo de comprar as vendas tem como consequência a delapidação completa das margens arrastando assim todo o sector para o precipício.
O facto do mercado cair 10%, 20% ou 30% deve ser assumido definitivamente para que todos juntos possamos defender o negócio e ajustar as estruturas para uma nova e correcta realidade com margens objectivas de sustentabilidade futura.
As direcções comerciais das multinacionais e importadores deveriam dar o primeiro passo no sentido de terminar com esta farsa e ajudar a clarificar o ponto em que o negócio se encontra, em vez de continuar a exigir valores completamente desajustadas com a actual situação económica, a curto prazo os preços irão cair ainda mais e os incobráveis, as insolvências e as falências vão aparecer ainda com maior intensidade destruindo definitivamente o retalho tradicional e contribuir para a continuação do engrandecimento das grandes cadeias com a inevitável perda do tecido empresarial e distribuição de riqueza necessária para o bom funcionamento da economia.
Estas transformações de nível económico estão apenas a favor de uma globalização sem precedentes que vai fazer com que os líderes deste processo a seu tempo não vão ter a quem vender pois tudo será dos mesmos.
Poderá parecer um pouco abstracto mas a formula para resolução de todo este problema que estamos a viver não me permite pensar de outra forma."
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Ponte de Sôr- 29-5-2011
Concordo em 200 %, mas também acho que deveria ser efectuado ao Domingo ou Sábado pois no comércio especialista, os maiores especialistas são os proprietários e não convém que eles abandonem o barco pois fica sem mestre.