Já só falta um trimestre para fechar o ano de 2011 e chegou a hora do balanço e de fazer contas à vida. Uma vez mais a Rm-Revismarket foi para o mercado perceber quais são os planos para melhorar os resultados do final de 2011.
Os números do fecho do primeiro semestre até convidam a alguns ataques de nervos. Facto, este ano, o consumidor está particularmente inseguro, cauteloso e a refrear como nunca os seus gastos. Por isso, todas as estratégias têm tido, de uma forma ou de outra, o cliente como eixo central. Facto, o Natal este ano não vai ser a “galinha dos ovos de ouro”.(...) Por isso, o melhor é mesmo manter a calma, não perder a racionalidade e, acima de tudo, não embarcar em loucuras que possam hipotecar o futuro. Resta afinar sempre que necessário a táctica e apresentar a melhor proposta de valor, para tentar navegar por este período turbulento. (...)
O plano C (de consumidor, de controlo financeiro, de contenção de custos)
Independentemente da estratégia, há um traço comum em todos os testemunhos recolhidos pela Rm. Este é, claramente, o ano em que as medidas de fidelização e melhoria da atenção ao cliente assumem uma especial importância. “A conjuntura recente levou a que o processo de decisão do consumidor se tornasse ainda mais complexo e demorado, trazendo maior importância às opiniões de terceiros”, analisa Nuno Costa, director de marketing da António Meireles. (...)
Ao mesmo tempo, 2011 é um ano onde o trabalho prévio ao nível da política orçamental se tem revelado basilar. “O controlo financeiro das companhias será vital, porque nos dias de hoje, em que as margens são tão diminutas, se houver crédito mal parado será gravíssimo, pondo em causa as mesmas”, destaca João Paulo Ferreira. Não é por isso de estranhar, que no relacionamento diário entre os vários parceiros de negócio, seja cada vez mais visível uma política de tesouraria extremamente rigorosa. Na Teka, por exemplo, o director comercial Luís Leitão confirma que a empresa redefiniu os limites de crédito concedidos e os prazos de pagamento. Outro exemplo é dado por Elisabete Salgado, gerente da Eletrotorcatense, que avança que a empresa está a privilegiar as vendas a dinheiro, dado os riscos associados ao crédito.
Simultaneamente, a esta rigorosa política orçamental está associada uma restrita contenção dos custos. “As despesas terão de ser mínimas e os investimentos os estritamente necessários”, assegura Fernando Marques, gerente da Oliverauto. Por isso, os stocks em loja estão muito equlibrados. Mas, no caso das empresas de retalho, este trabalho de contenção dos custos andou a par e passo com uma busca por fontes de receitas alternativas, sobretudo pelo alargamento da oferta de serviços. (...)
E agora? A hora agora é de minimizar as perdas. “Não há receitas mágicas, mas penso que será importante não entrar em pânico, não perder a racionalidade. Gostaria de deixar um alerta para meditarmos todos, incluindo a distribuição, para a descida significativa do preço médio do mercado, que claramente coloca em risco a rentabilidade de todos os operadores”, salienta Armando Anjos. “O segundo semestre vai andar na mesma linha do primeiro e o Natal prevê-se mais fraco, devido à conjuntura e aos cortes anunciados. O importante é não entrar em desespero e praticar loucuras, porque se tem assistido a uma baixa de preços desenfreada, que não nos levará a lado nenhum. O cliente que tiver disponibilidade ou necessidade de adquirir os produtos fará, por mais ou menos valor. Vender mais não é sinónimo de vender bem”, acrescenta João Paulo Ferreira. (...)
Leia o artigo completo na edição impressa nº 44 que chegará brevemente