A ACEP – Associação do Comércio Electrónico em Portugal defende a utilização do comércio electrónico para impulsionar a economia e a adopção da factura electrónica para reduzir custos para as empresas e para o Estado, permitindo poupanças significativas que a Comissão Europeia estima em cerca de 18 biliões de euros na União Europeia.
Segundo Alexandre Nilo Fonseca, presidente da ACEP, “as empresas portuguesas têm que começar a mostrar os seus produtos e serviços aos milhões de potenciais clientes que utilizam a Internet se quiserem sobreviver nestes tempos que vivemos. No actual contexto de acentuada crise económica, o crescimento sustentado das vendas e das pesquisas online nos últimos anos é um sinal importante para as empresas portuguesas. A adesão do consumidor, e também das empresas, ao comércio electrónico é uma realidade que deve ser aproveitada pelo tecido empresarial, por um lado, para chegar a novos mercados e, por outro, para criar novas oportunidades nos mercados existentes. A aposta na Internet não é opcional. É obrigatória. Quem não tem um plano de curto prazo para estar online pode não sobreviver”.
Neste âmbito aquele responsável congratula a Comissão Europeia pelo incentivo que acaba de dar à adopção da factura electrónica no espaço europeu, ao ter proposto uma revisão das regras de facturação, baseada na evolução das redes de comunicações e das tecnologias de informação, visando aumentar a utilização das facturas electrónicas e elegendo-as como ferramentas privilegiadas da redução de barreiras do desenvolvimento económico, ao mesmo tempo que se afirmam como um poderoso aliado das Pequenas e Médias Empresas e auxiliam os Estados a detectarem mais facilmente as fraudes fiscais. “ A ACEP acredita que com esta proposta, que avança no sentido de permitir que as empresas passem de igual modo as facturas em papel ou formato electrónico, a Comissão Europeia está a promover o desenvolvimento do comércio e da economia na Europa. Tal como sempre defendemos, a factura electrónica, ao oferecer uma forma mais eficiente de relacionamento comercial, permite quer às empresas, quer aos Estados pouparem milhões de euros e este é um aspecto de suma relevância num momento como o que estamos a viver a nível económico em todo o mundo.
Por outro lado, e no que diz respeito a Portugal, a ACEP acredita que, neste momento, estão reunidas as condições para as empresas portuguesas apostarem na Internet, como forma de impulsionar a economia e superarem a crise económica, já que mais de um milhão de portugueses faz já compras regularmente na Internet; mais de 90 por cento dos internautas portugueses tomam as suas decisões de compra depois de procederem à análise e comparação dos produtos e serviços na Internet; os compradores online portugueses preferem comprar em sites nacionais; 25 por cento das lojas online inquiridas no Barómetro Trimestral do Comércio Electrónico em Portugal, referente ao terceiro trimestre de 2008, indicam ter tido um aumento superior a 50 por cento no número de clientes que fez compras no seu site; e que, desde o início deste século, o número de utilizadores de Internet em Portugal cresceu mais de oito vezes, existindo hoje mais de quatro milhões de pessoas a utilizar regularmente a Internet; mais de 85 por cento daqueles que navegam a partir de casa fazem-no em ligações de banda larga, um factor crucial de sucesso para o comércio electrónico.