Nenhuma das principais cidades portuguesas figura no Top 50 dos destinos de retalho mais caros do mundo
Nenhuma das principais cidades portuguesas figura no Top 50 dos destinos de retalho mais caros do mundo. Segundo o último inquérito da consultora imobiliária CB Richard Ellis, em Portugal, ao contrário do que se verifica nos principais mercados de retalho a nível global, o comércio de rua tem evidenciado algumas dificuldades de afirmação, num segmento onde os centros comerciais são o conceito de comércio de maior sucesso no país.
A lei do arrendamento ainda pouco dinamizadora, no entender da CB Richard Ellis, o mau estado de conservação de algum do património edificado nas zonas mais emblemáticas, conduzindo a uma escassez de oferta de qualidade e bem dimensionada, e a falta de políticas de promoção comuns têm limitado o sucesso do comércio de rua a nível nacional. No entanto, tem-se notado um aumento da procura por este segmento, com a entrada de alguns retalhistas no mercado nacional, principalmente nas zonas de comércio de rua mais estabelecidas, como a Avenida da Liberdade e o Chiado. O grau de maturidade que outros formatos de retalho atingiram em Portugal tem também, por outro lado, possibilitado o ressurgimento deste tipo de comércio.
O valor da renda “prime” do comércio de rua atinge os 960 euros por metro quadrados por ano em Lisboa, particularmente na zona do Chiado e da Avenida da Liberdade, que figura na 71.ª posição do Top 50 dos destinos de retalho mais caros do mundo, com uma queda de cinco lugares tendo em conta a classificação evidenciada no primeiro trimestre de 2008. apesar do valor “prime” de arrendamento do comércio de rua em Lisboa se ter mantido estável nos últimos seis meses, as rendas “prime” de outras cidades registaram subidas, nomeadamente Zagreb, Varsóvia, Dubai e Abu Dhabi, ultrapassando a capital portuguesa.
A cidade do Porto, por sua vez, registou uma subida de três lugares no ranking, ascendendo à 82.ª posição, com uma renda “prime” a rondar os 480 euros por metro quadrado por ano, na zona da Avenida da Boavista. Ainda assim, do total de cidades europeias analisadas, o Porto ainda continua a ser a localização de comércio de rua mais barata da Europa.