A Epson lançou uma iniciativa ambiciosa que tem por objectivo restaurar a biodiversidade da Serra da Gardunha, no Fundão.
A Epson irá trabalhar com parceiros locais para restaurar a paisagem e vida selvagem, ambos devastados pelos graves incêndios florestais de 2003 e 2005. A Epson Gardunha Biodiversity Initiative faz parte da Epson Environmental Vision 2050, um compromisso ambiental abrangente que também inclui a redução em 90 por cento de todas as emissões de dióxido de carbono da empresa até 2050.
A cerimónia de lançamento da primeira fase do projecto, que se focará em restaurar 40 hectares, teve lugar ontem, dia 10 de Dezembro, nas encostas da Serra da Gardunha, na presença de Manuel Joaquim Barata Frexes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, e representantes dos outros parceiros, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), a Gardunha Verde, a Pinus Verde e a Agência Gardunha 21.
Pedro Pepino, director da Epson Portugal, manifestou o seu orgulho no envolvimento da empresa na reflorestação da Serra da Gardunha e entusiasmo por trabalhar com parceria com as comunidades locais e com os parceiros, de forma a restaurar a biodiversidade da região. “Não se trata somente de plantar árvores. Este projecto vai assegurar o desenvolvimento, protecção e sobrevivência contínua da biodiversidade da região e, desta forma, ajudar a reconstruir as comunidades locais que dependem da floresta. Esta é uma clara demonstração da dedicação da Epson às comunidade e ao ambiente.”
O projecto irá reintroduzir vegetação variada que, enquanto pouco viável do ponto de vista da florestação comercial, irá criar um habitat mais sustentável para uma vasta diversidade de flora e fauna. Espécies de árvores autóctones de folha caduca (castanheiro, carvalho e sobreiro) serão plantadas junto de outras espécies locais como o medronheiro e o pinheiro. A protecção da abrótea Asphodelus bento-rainhae, endemismo lusitano exclusivo deste sistema montanhoso, será assegurado. O objectivo é reavivar as florestas tradicionais e restaurar o habitat vital de mamíferos, aves, insectos, répteis, anfíbios e peixe tradicional da montanha, que no passado poderiam ser encontrados em abundância.
A Epson espera que o local abrangido pelo projecto, que já pertence à lista portuguesa de SICs (Sítios de Importância Comunitária) da rede Natura 2000, se torne numa IBA (Important Bird Area/Áreas Importantes para Aves). A Epson está a considerar o apoio a outras iniciativas europeias.
Segundo Luís Costa, director executivo da SPEA, “esta iniciativa da EPSON é uma mais-valia a longo prazo para a promoção da biodiversidade e para a conservação da natureza. Só através de um desenvolvimento sustentável será possível a recuperação e preservação do património natural. Estes recursos, através de uma gestão eficiente e monitorização regular, poderão potenciar benefícios económicos e sociais a nível local, bem como contribuir para o envolvimento e sensibilização da população. A SPEA aplaude o espírito de iniciativa da EPSON no combate à desertificação e na promoção da biodiversidade, de modo a garantir uma permanente melhoria do habitat.”