Portugal está numa posição destacada em relação aos meios alternativos de comércio electrónico
Portugal está numa posição destacada em relação aos meios alternativos de comércio electrónico, segundo José Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, presente na sessão de abertura da Digital Business Conference - Lisbon’08, organizada pela ACEP – Associação do Comércio Electrónico em Portugal.
Um exemplo claro do desenvolvimento nacional, segundo aquele responsável, é o sistema interbancário português, com uma rede de serviços, de ATM e de aplicações, que é das melhores do mundo. Para o responsável da pasta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, um país que não tem um sistema integrado desta natureza terá necessariamente que se virar para o comércio electrónico pela Internet.
Mas não basta investir em infra-estruturas. Mariano Gago lembrou a altura em que as escolas portuguesas se ligaram, em apenas seis meses, à Internet. O feito ficou registado nas estatísticas internacionais. No entanto, não foi interiorizada por parte da população. “A batalha não é apenas pela realidade. Mas também pela afirmação dessa mesma realidade”, afirmou.
O futuro, segundo palavras de Mariano Gago, passa pelo desenvolvimento de plataformas internacionais, nomeadamente no espaço europeu. “Devemos aprender e ensinar os outros países. Porque estamos muito à frente de outros mercados, a nível de meios de comércio electrónico simples e que abarcam a maioria da população” . Aquele responsável lembrou que a maioria dos cidadãos de outros países não têm acesso à quantidade de funcionalidades existentes no Multibanco. Em Portugal é possível pagar facturas, comprar bilhetes de comboio ou de espectáculos e, tudo isso, embora passe despercebido para a maioria das pessoas, é comércio electrónico.
A diversificação de funcionalidades existente no Multibanco está agora a ser utilizada na Via Verde (veja-se o caso do estacionamento) e nos telemóveis. E foram estes meios alternativos, segundo Mariano Gago, que fizeram com que o comércio electrónico se desenvolvesse em Portugal. “Um país que não tenha uma rede de ATM, Via Verde ou transacções por telemóvel só poderá usar o computador”, afirmou, acrescentando que “nós, que temos mais alternativas, é normal que usemos os meios mais simples. A maioria das pessoas já utiliza o comércio electrónico, sem saber, quer seja através do Multibanco ou da Via Verde.”