Degradação do consumo no terceiro trimestre influencia resultados da Fnac e da Conforama
A actividade da Fnac e da Conforama no terceiro trimestre foi penalizada pela desaceleração do consumo observada desde Junho.
Durante os primeiros nove meses de 2008, a Fnac mostrou uma progressão de 0,7 por cento da sua actividade, conseguindo um volume de negócios de 2,978 mil milhões de euros. No terceiro trimestre, os resultados cifraram-se nos 973 mil milhões de dólares, o que significa uma redução de 3,4 por cento face ao mesmo período do ano anterior.
Mesmo assim, no mercado doméstico, a Fnac ganhou quota de mercado em todas as categorias de produto neste último trimestre e as vendas electrónicas mantiveram a sua forte dinâmica. Fora de França, a actividade da Fnac mostrou uma sólida progressão em Itália, na Suíça e no Brasil, mas mais exposta à degradação das condições do mercado em Espanha, na Bélgica e em Portugal.
Oito novas lojas Fnac serão abertas nos três últimos meses do ano, cinco das quais fora de França.
Quanto à Conforama, nos primeiros nove meses de 2008, a actividade recuou 3,1 por cento, para os 2,323 mil milhões de euros. No terceiro trimestre, a degradação do ambiente de consumo pesou também no negócio, que mostrou uma progressão negativa de 6,3 por cento, para os 828 mil milhões de euros.
Em França, as vendas da Conforama conseguiram, contudo, resistir, nomeadamente no segmento do móvel, que mostrou uma performance acima do mercado. A decoração prosseguiu com a sua dinâmica e o comércio electrónico conheceu uma actividade sustentada.
Em Itália, 12 das 19 lojas Emmezeta já foram convertidas em Conforama. Nos outros países, as performances são contrastadas, com bons resultados na Suíça, mas mais difíceis em Espanha e Portugal.
No global das suas actividades, o Grupo PPR conseguiu um volume de negócios de 14,5 mil milhões de euros. nos primeiros nove meses, crescendo 3,6 por cento face ao mesmo período de 2007. O volume de negócios realizado fora de França representa b62 por cento das vendas totais. No terceiro trimestre, os resultados chegaram aos 4,9 mil milhões de euros, o que significa um crescimento de 1,8 por cento em termos comparáveis. “O perfil equilibrado e o poder das suas marcas mundiais permitiram ao PPR uma progressão de mais de oito por cento, em termos reais, do seu volume de negócios nos primeiros nove meses de 2008”, comenta François-Henri Pinault, presidente e director geral do PPR. “E apesar da degradação do contexto do consumo no terceiro trimestre. De acordo com as medidas tomadas pelo conjunto das marcas antes do Verão, estão em curso vários planos de acção, enquanto que outros serão iniciados em breve. Estes planos visam reduzir os custos e melhorar a eficácia dos capitais aplicados, reforçando a nossa posição concorrencial nos mercados onde estamos presentes. O conjunto das nossas equipas está mobilizado para que o grupo seham mais forte ainda que as turbulências económicas actuais. E confirmamos o nosso objectivo de melhorar as nossas performances operacionais e financeiras em 2008”.