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Ganhos da Sonae e Jerónimo Martins podem ascender a 100 milhões e a 54 milhões de euros com impacto do IVA
2008-05-19

A descida do IVA, a partir do dia 1 de Junho, terá um impacto relevante para a Sonae e Jerónimo Martins, segundo uma análise da gestora de patrimónios Personal Value.

“Se ambas incorporarem este valor na totalidade, o ganho será de cerca de 102 milhões de euros na Sonae Distribuição e de 54 milhões de euros na Jerónimo Martins”, afirma Ricardo Valente, CEO da gestora de patrimónios. E isto numa lógica relativamente conservadora, uma vez que não se está a assumir um efeito de ganho duplo, pela manutenção dos preços ao consumidor e pela descida de preços dos fornecedores.

No caso da Jerónimo Martins, este efeito, em termos de margem, é de menor dimensão, uma vez que apenas 54 por cento das suas vendas são realizadas em Portugal. “Parece-nos óbvio que uma medida deste tipo, fruto do efeito que pode ter sobre os agentes empresariais, facilmente vai ser um factor de incremento de margem em detrimento de ter um efeito sobre os preços finais suportados pela generalidade dos consumidores”, antevê o mesmo responsável.

O Governo anunciou durante o mês de Abril a descida do IVA a partir de 1 de Junho de 2008.

Num cenário de menor crescimento económico a nível global e com o preço do petróleo a níveis recorde, esta medida visa dotar a economia de alguma margem de manobra, quer por via da descida de preços para os consumidores, quer por via da absorção desta descida pelas empresas, permitindo a estas aumentar a sua margem operacional e, portanto, dotando as mesmas de uma maior capacidade competitiva em termos de mercado.

A questão do descida do IVA coloca problemas em termos orçamentais, sobretudo num momento em que a arrecadação fiscal começa a sentir os efeitos do desacelerar da economia no seu todo, pelo que não será de esperar que esta descida conduza a uma nova descida que coloque de novo o IVA ao nível dos 19 por cento.

Do ponto de vista da economia no seu todo, o maior impacto desta medida será certamente no comércio e em particular no sector do retalho, onde claramente se verifica uma maior pressão do ponto de vista das margens e onde o cliente final é mais sensível ao efeito preço dos produtos.

A análise da Personal Value partiu então de uma simulação do efeito sobre a margem EBITDA do ponto de vista absorção deste efeito em termos de margem e assumindo que este efeito se desvanece até 2010.

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L.Branca/PAE

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