O grupo Fagor Electrodomésticos apresentou ontem, dia 16 de Abril, os resultados económicos correspondentes ao exercício 2007. A companhia encerrou o ano com uma facturação de 1.753 milhões de euros e benefícios de 13,4 milhões de euros. Estas cifras cumprem as expectativas que o grupo estimou no ano passado e reflectem uma clara prioridade outorgada à rentabilidade.
No que diz respeito às quotas de mercado, e por países, destaca-se Espanha com 19 por cento, França com 17,5 por cento, Polónia com 9,2 por cento e Marrocos com 14,5 por cento, segundo dados da GfK.
Questionado sobre a situação em Portugal, Fabian Bilbao, director geral da Fagor Electrodomésticos, explica que esta é uma nova fase para a Fagor Portugal e que tem como objectivo "recuperar a posição que a companhia já teve e crescer no mercado português". A empresa levou a cabo uma série de mudanças, que levaram à perda de posição no país e que, segundo Fabian Bilbao, se prendem com "uma reavaliação da carteira de clientes, para contrariar os problemas de incumprimento de pagamentos em Portugal". Agora com "uma carteira mais limpa", a Fagor inicia uma nova fase ,em que conta com a reestruturação da equipa, com um novo director comercial, que é português, para "o relançamento da marca".
Fernando Gómez-Acedo, presidente do Conselho Reitor do Grupo Fagor Electrodomésticos, e Txema Gisasola, director geral do Grupo Fagor Electrodomésticos, foram encarregados de publicar os resultados económicos correspondentes a 2007 e de explicar e analisar a consecução dos objectivos marcados através das actividades levadas a cabo durante este exercício. Fernando Gómez-Acedo apresentou os actuais valores corporativos da companhia, assentes na internacionalização, inovação e sustentabilidade, e que vão marcar o objectivo no qual se vai basear o Plano Estratégico 2009-2012, mantendo a sua aposta de "fortalecer a posição da companhia como líder no mercado dos electrodomésticos perante os seus competidores". Segundo o presidente do Conselho Reitor , "2007 foi um ano satisfatório para o grupo Fagor Electrodomésticos e estamos muito contentes dos resultados conseguidos".
Txema Gisasola fez uma análise dos resultados e referiu-se aos benefícios alcançados em 2007 (13,4 milhões de euros) que, tendo em conta as novas Normas de Contabilidade Internacional (NIC), ultrapassam em 60 por cento os registados em 2006, tendo-se fechado o exercício com um EBITDA consolidado de 131 milhões de euros. Segundo este responsável, "estes resultados avaliam a posição do grupo Fagor Electrodomésticos como quinto fabricante europeu do sector".
Relativamente aos valores corporativos, Txema Gisasola aprofundou cada um deles, destacando que estes eixos serão reforçados no novo Plano Estratégico 2009-2012. No que toca à internacionalização, a companhia destaca-se por ser a única multinacional espanhola do sector que realiza a sua actividade em sete áreas de negócio, situando-se como quinto fabricante europeu. Tem 16 fábricas de produção em seis paíse, Espanha, França, Itália, Polónia, Marrocos e China, e filiais nos cinco continentes, estando presente em mais de 100 países. Por outro lado, o grupo Fagor Electrodomésticos apostou pelo desenvolvimento de alianças na Rússia, China e País Basco com Mabe, AOSmith, Vaillant, PTC e Meridian Energy Limited.
Já no que concerne à inovação, o grupo Fagor Electrodomésticos posiciona-se como "líder em relação à concorrência", sendo uma das 18 empresas espanholas que mais investimento faz neste campo, a nível europeu, segundo a Joint Research Center and Directorate Geral Research of the European Comision. Com um total de 358 pessoas dedicadas a este fim e 41 milhões de euros, a companhia dirige a sua linha estratégica para o lançamento de novos produtos e serviços e também para o desenvolvimento de soluções tecnológicas, permitindo um funcionamento desses serviços mais eficiente e respeitoso com o ambiente.
No âmbito da sustentabilidade, a aposta e o forte compromisso com a sociedade passam pela implementação de projectos aos que se dedicam importantes recursos, destinados ao desenvolvimento económico, meio ambiental e social sustentável do lugar. O perfil cooperativista do grupo permitiu expandir uma cultura empresarial baseada nos princípios de solidariedade e democracia industrial participativa.
Finalmente, Txema Gisasola anunciou que a companhia prevê alcançar, em 2008, um crescimento consolidado de venda de produtos e serviços de 4,5 por cento e um investimento de 55 milhões de euros.