Cerca de 25 por cento dos portugueses inquiridos pel’ O Observador Cetelem afirmam poder vir a adquirir, nos próximos 12 meses, equipamento de produção de energia renovável.
Para 22 por cento dos entrevistados, o preço foi mencionado como factor decisivo, em 64 por cento dos casos. Os principais motivos para a compra do equipamento são as preocupações com o ambiente (40%), a redução na despesa mensal com a electricidade (37%) e poderem rentabilizar o investimento através da venda de energia excedentária (14%).
Para os inquiridos que não colocam a hipótese de adquirir equipamentos para a produção de energias renováveis, os principais obstáculos à aquisição são o facto de serem caros (35%), o facto não existirem condições financeiras para o fazer (32%) e o facto da habitação não possuir as condições necessárias à instalação (20%). Já cerca de um por cento dos inquiridos afirma que irá comprar equipamento de produção de energia através de um crédito. Os principais motivos para a compra através de um crédito são a possibilidade de investir na compra de mais e melhor equipamento (57%) e o facto de possibilitar a aquisição mesmo não possuindo a totalidade do investimento (43%).
Mais de metade dos inquiridos (51%), que planeiam adquirir equipamentos de produção de energias renováveis, prevêem investir mais de mil euros na aquisição de equipamento de produção de energia renovável, sendo os painéis fotovoltaicos (71%) e os recuperadores de calor/lareiras (14%) os equipamentos mais referidos. Em média, os inquiridos pretendem investir cerca de 3.500 euros.
Os portugueses querem melhorar a sua habitação. Estão prontos a privilegiar as despesas para o seu equipamento, a sua decoração e o seu arranjo, o que constitui uma forte oportunidade para o conjunto dos mercados associados à casa. A eco-habitação é mais complexa, devido à necessidade de conjugar factores como o calor, o frio, a humidade e a luminosidade, mas a estimativa de poupança energética é de cerca de 30 por cento, em relação a uma construção vulgar, enquanto os custos de mão-de-obra são sensivelmente os mesmos. A comodidade é o principal motivo (27%) pelo qual os inquiridos escolhem um determinado equipamento para produção de energias renováveis, já 24 por cento refere que é pelo preço
Os portugueses são sensíveis à questão das energias renováveis pelos benefícios de poupança e de preservação do ambiente que elas permitem. São bastantes os que valorizam estes equipamentos, mas ainda poucos a usufruir de equipamentos eficientes, nomeadamente os painéis fotovoltaicos ou os sistemas solares térmicos. No entanto, segundo os dados oficiais, as empresas especialistas em
aquecimento central e em produção de energia eléctrica apresentam um volume de negócios que ultrapassa os três mil milhões de euros.
Existem mais de três mil estabelecimentos em Portugal no mercado dos equipamentos de aquecimento central e de produção de energia eléctrica. Os distritos de Lisboa e Porto são os principais distritos em termos de volume de negócios, com 46 e 20 por cento de quota, respectivamente.
O aspecto que os inquiridos consideram ser mais importante na escolha de uma loja/marca é a garantia de assistência técnica. Este critério surge à frente da qualidade do equipamento e do preço, que costumam serem prioritários em outros sectores
Estes dados fazem parte de um caderno especial que analisa a imagem que os portugueses têm em relação às energias renováveis e aos equipamentos que as produzem integrado n’ O Observador Cetelem.