Os promotores de centros comerciais e os profisionais da distribuição deverão repensar a sua atitude para com os modelos de consumo tradicionais e focar-se nos estilos de vida em vez de nos grupos etários, segundo Richard Scase, consultor e estratega na área de negócios.
Durante a conferência BCSC’s Shopping Centre Management Manchester, o especialista sublinhou os desafios que o sector tem de enfrentar face ao actual clima económico, desde a subida dos preços das matérias-primas, à ameaça de recessão e consequente impacto no gasto dos consumidores.
Contudo, na sua opinião, os ambientes de compra devem repensar a sua oferta e abordagem ao marketing desta oferta. Citando importantes mudanças na composição e comportamento dos consumidores, Richard Scase exemplificou o papel dos emigrantes nas taxas de natalidade, o aumento da esperança média de vida, o adiamento na constituição de família, como factores que influenciam a forma como os consumidores escolhem como gastar o seu dinheiro.
Outra tendência destacada prende-se com o facto dos consumidores se estarem a tornar mais experimentais e menos leais às marcas. “Estamos a observar uma erosão das técnicas de marketing tradicionais baseadas na idade”.
Em vez de se concentrar exclusivamente no mercado dos mais jovens, o sector deve assim reexaminar a sua atitude para com o marketing e diferenciar a sua oferta os centros comerciais e ambientes de compra. “Os centros comerciais e destinos de compra necessitam diferenciar a sua oferta e reflectir as necessidades locais em termos dos lares individuais e comunidades específicas que servem”.