Os portugueses estão com menos dinheiro disponível, nesta fase do ano, face a anos anteriores e 23% diz ter tido quebras nos seus rendimentos mensais entre 500 e mil euros, o que se traduz numa média de menos 344 euros por mês, em comparação com 2019, revela um estudo da Fixando, junto de 11.800 inquiridos na sua plataforma.
Os inquiridos justificam esta quebra de rendimentos com as consequências diretas da pandemia: despedimentos (29,1%), layoff (17,3%), obrigatoriedade de paragem de atividade (17,6%) e quebra na procura no ramo de trabalho (17%).
Deste modo, 80% exclui possibilidade de ir de férias para sul, em 2020, em particular Algarve e Costa Vicentina.
Redução dos gastos
Perante a crise que se vive, 24,4% afirma já ter reduzido gastos, estando mesmo a poupar dinheiro: 61% deixou de frequentar restaurantes, 53% já não compra roupa/sapatos, 48% não sai à noite e 36% deixou de frequentar ginásios.
Quanto aos receios para o futuro, destacam-se a perda de rendimentos (45%), a incerteza quanto ao futuro (45%), contrair a Covid-19 (41%), ficar sem emprego (24%) e contagiar terceiros (23%).
“Estes resultados vão de encontro ao que assistimos no comportamento dos portugueses na nossa plataforma, ou seja, os consumidores têm recorrido mais a serviços de apoio ao lar, enquanto os profissionais desempregados adaptam-se a novas áreas de negócio, como os serviços de entrega”, reforça Alice Nunes, diretora de Desenvolvimento de Negócio da Fixando.