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Procura de emprego cresce 32% no 1.º semestre
2020-08-13

A procura de emprego cresceu 32%, no primeiro semestre, de acordo com o estudo divulgado pelo OLX, baseado em dados disponíveis na plataforma, no qual se analisa a evolução da procura (contactos feitos a anúncios) e oferta (anúncios ativos) da sua categoria de empregos.

“Em autêntico contraciclo com o que está atualmente a verificar-se na sociedade portuguesa, a procura por emprega aumentou na comparação com o ano passado. Uma possível explicação prende-se com o carácter mais sazonal e, consequentemente, natureza mais flexível dos vínculos contratuais que implicam o perfil-tipo dos trabalhos mais anunciados na plataforma. O facto de não haver uma necessidade de estabelecer ligações de longo prazo com os trabalhadores, num contexto tão incerto como atual, contribui para este crescimento face a 2019 apesar da crise que já estamos a enfrentar”, considera Andreia Pacheco, Brand Manager do OLX Portugal.

Pandemia inverte tendência

Lisboa, Porto, Setúbal, Faro e Braga são os distritos que mais se destacam em termos de procura de emprego, de acordo com o OLX. As vagas mais procuradas são nas áreas de comercial, restauração, hotelaria e turismo, transportes e logística, construção civil, saúde e beleza. Todas estas áreas evidenciam um aumento da procura, nos primeiros meses do ano, em comparação com 2019, mas, após o surgimento da pandemia, a tendência acabou por se inverter. Por exemplo, comparado com o ano passado, a subcategoria de restauração, hotelaria e turismo apresenta as quebras mais acentuadas neste indicador em abril (-85%), maio (-86%) e junho (-80%).

As palavras mais pesquisadas na plataforma antes do surgimento da Covid-19, durante o confinamento e no desconfinamento, foram “part time”, “empregada de limpeza” e “limpeza”.

Do lado da oferta, ao contrário da procura, verifica-se uma diminuição dos anúncios ativos, ao passar de 59.632, no primeiro semestre de 2019, para 49.023 (-18%), em 2020.

Em termos globais, os empregos com maior oferta repetem-se com os já referidos. No entanto, os empregos com maiores quebras, em termos de anúncios ativos, foram segurança e vigilância (-50%), assistente de loja e caixa (-45%), restauração, hotelaria e turismo (-45%), agricultura e jardinagem (-28%) e serviço social e voluntariado (-24%).


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L.Branca/PAE

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