Segundo o estudo da Boutique Research, a maioria dos portugueses tem preferido estar em espaços ao ar livre do que em espaços fechados, por exemplo, preferindo estabelecimentos com esplanadas (71% com esplanadas versus 54% sem esplanadas).
Estamos na terceira fase do plano de reabertura da economia. A 1 de junho, abriram as superfícies comerciais com mais de 400 metros quadrados, incluindo os centros comerciais, os ginásios, cinemas, teatros e salas de espetáculos. Dos espaços que abrem agora, os centros comerciais aparentam ser os que terão maior adesão. O cinema e teatro são os espaços que causam mais insegurança (59% a declarar que não irá de imediato), seguindo-se os ginásios (57%).
Estar menos tempo na loja e cingir-se à lista de compras
Entretanto, surgem novos desafios para os retalhistas durante a pandemia, com os portugueses a ajustarem os seus comportamentos de compra. 70% reduziu o tempo que passa em loja e 45% passou a cingir-se à lista de compras.
“Para assegurar que os compradores sentem que mitigaram tanto quanto possível do seu tempo em loja, será particularmente importante para retalhistas de grande dimensão reforçar/ melhorar a sinalética, não só para assegurar o distanciamento social, mas também para assegurar que a procura dos produtos pretendidos é feita rapidamente e minimizando as vendas perdidas. As filas de espera serão vistas como problemáticas, mais do que antes. Sistemas de sistemas de senhas e de acompanhamento à distância dos números das senhas e de caixas de self checkout são alguns dos mecanismos que podem contribuir para mitigar esta problemática”. comenta Viviana Piedade, sócia fundadora da empresa Boutique Research.
Por último, esta redução de tempo em loja e o cingir-se à lista de compras significam que o tempo de pesquisa em loja é reduzido significativamente e alguns produtos de impulso ou não essenciais poderão sofrer com esta tendência. Para contorná-la, é importante colocar estes produtos previamente na lista de compras (relembrando os compradores das marcas) e, quando na loja, os colaboradores e a publicidade in-store poderão ser determinantes”, reforça.