O mercado de eventos em Portugal caiu 53%, entre março e abril deste ano, face ao período homólogo do ano anterior, o que demonstra bem que, com a pandemia, os portugueses não estão para festas, revela a Fixando, num inquérito realizado junto de 20 mil pessoas, entre empresas organizadoras e clientes, entre os dias 1 e 23 de maio.
O top 3 dos cancelamentos é liderado pelos casamentos (-45%), seguidos das festas de aniversário (-17,5%) e dos eventos corporativos (-10%).
As razões que mais pesaram para este registo foram essencialmente duas: a proibição da realização de eventos imposta pelo Governo no estado de emergência (62%) e o cancelamento por precaução do lado dos organizadores (26%).
Eventos cancelados
Cerca de 43% dos inquiridos revelaram que apenas tinham investido 250 euros em eventos cancelados, enquanto 16,7% já havia investido mais de 10 mil euros, sendo que, dos cancelados, apenas 18% conseguiu reaver o seu dinheiro.
Dos serviços que já estavam contratados e que foram cancelados, destacam-se os locais para eventos (43%), o catering (30%) e o serviço de fotografia (22%).
Do lado dos profissionais que atuam na área, 77% revelou que mais de 80% dos seus trabalhos foram também cancelados, representando quebras superiores a 80% nos seus rendimentos, sendo que a média de faturação mensal de um trabalhador do sector foi de 500 euros no período em análise, contra os 1.000 e 1.500 euros que se registavam em 2019.