A DS Smith lançou os seus novos Princípios de Design Circular, após uma investigação que revelou que existe uma grande necessidade de designs mais consistentes, que ajudem a ultrapassar a confusão em torno da reciclagem das embalagens.
Neste sentido, a DS Smith desenvolveu, em parceria com a Fundação Ellen MacArthur, cinco princípios para ajudar as empresas a fomentar a reutilização e reciclabilidade das suas embalagens. Estes princípios têm origem num novo estudo, que revela que 44% dos europeus admitiram que nem sempre conseguem distinguir quando uma embalagem pode ou não ser reciclada. Esta confusão faz com que 46 milhões de toneladas (41%) dos resíduos potencialmente recicláveis acabem no contentor de lixo comum e, por isso, num aterro ou incineração no final do processo.
Este fenómeno pode, ainda, ser agravado num contexto em que o comércio eletrónico apresenta um crescimento exponencial, representando já uma subida de 6% no valor médio de compras em Portugal, no início do mês de maio.
Falta de clareza do rótulo
Um total de 39% dos europeus admitiram ter colocado embalagens no lixo comum, quando achavam que poderiam ter sido recicladas, sendo que 24% revelou como principal razão a falta de clareza do rótulo.
Apesar dos esforços dos consumidores, mais de metade (54%) das pessoas admitiram colocar, indevidamente, lixo na reciclagem e, entre elas, 38% justificou esta ação pelo seu desejo de reciclar, apesar de não saber qual o contentor correto.
Ignacio Montfort, Managing Director da DS Smith Ibéria, sublinha que “os cidadãos têm uma grande vontade de ajudar a minimizar os seus impactos na crise climática, mas muitas embalagens ainda não são recicláveis e as pessoas têm dúvidas de quais devem ir para cada contentor. Lançámos os nossos Princípios de Design Circular, com o objetivo de ajudar as empresas a evoluir e a satisfazer as necessidades dos cidadãos. Graças a este conjunto de princípios, podemos desenvolver tendo em conta a reciclabilidade, antever que tipo de resíduos iremos gerar e criar packaging que encaixe num modelo de economia eircular, facilitando a rotulagem para ajudar os consumidores a reciclar mais”.
Esta confusão experienciada pelos consumidores tem um impacto ambiental direto: os produtos recicláveis que acabam em aterros ou são incinerados podem custar à economia 1.864 milhões de euros por ano.
A DS Smith espera que os seus Princípios de Design Circular possam ajudar a acabar com a confusão que conduz a este comportamento e apoiar os seus clientes e outros membros da indústria de embalagens na sua transição para uma economia circular.
Princípios
Os cinco Princípios de Design Circular da DS Smith são:
Protegemos marcas e produtos – Os designers devem sempre garantir que a embalagem protege eficazmente o seu produto. Produtos danificados devido a embalagens inadequadas têm um impacto económico e ambiental;
Não usamos mais material do que o necessário – O uso otimizado de materiais de embalagem economiza recursos e reduz os resíduos;
Desenvolvemos para a eficiência do ciclo de fornecimento – Os nossos designers impulsionam a eficiência, desenvolvendo embalagens que facilitam o acondicionamento no transporte durante o processo de entrega;
Mantemos os materiais de embalagem em uso – Eliminamos os resíduos, mantendo os produtos de embalagem em uso durante o maior tempo possível. Podemos “fechar o ciclo” para os clientes em 14 dias, reciclando embalagens em novos produtos;
Encontramos uma melhor alternativa – capacitamos os nossos designers a desafiar o status quo e a apoiar os clientes na trajetória para uma economia circular.
Neste contexto, 52% dos europeus acreditam que uma rotulagem mais clara contribuirá para o aumento dos níveis de uma reciclagem eficiente.
Para complementar o lançamento dos Princípios de Design Circular, a DS Smith disponibilizará um workshop virtual no dia 24 de junho.