O indicador do sentimento sobre a economia global nos próximos três meses registou o valor de -39,2. À medida que a pandemia se expande, as empresas mostram-se mais pessimistas quanto à economia global do que sobre as suas próprias expectativas de negócio, segundo um estudo publicado pelo The Economist.
O Barómetro Global de Negócios baseia-se num inquérito a mais de 2.700 gestores de todo o mundo. A maioria dos inquiridos (46%) acredita que a recuperação dos seus negócios demorará entre um e dois anos, enquanto que 40% considera que poderão recuperar em menos de um ano. Apenas 10% crê que o período se alargará entre três e cinco anos.
Muitos poucos gestores se mostraram otimistas no que se refere à economia global nos próximos três meses, o que resulta numa pontuação de -39,2, sendo que -50 é a mais negativa. Além disso, algumas regiões são mais pessimistas do que outras. Europa (-40,4) e Ásia-Pacífico (-40,4) encabeçam a lista em termos negativos, pese embora os gestores desta última serem menos pessimista quanto à economia do seu próprio país do que os das outras regiões.
Os gestores são, de um modo geral, mais otimistas sobre o estado das suas próprias organizações e sectores do que sobre a economia global. A leitura geral situa-se em -22 na opinião sobre o seu sector e em -17,8 sobre a sua empresa.
O barómetro reflete um sentimento mais positivo do que o esperado quanto a receitas e rentabilidade. Não obstante, à exceção do retalho e do e-commerce, os outros 13 sectores analisados esperam descidas, lideradas pelo sector das viagens e turismo e pelo de entretenimento e media.
As duas estratégias fundamentais para a continuidade do negócio que os inquiridos parecem estar a adotar são ganhar quota de mercado (+2,1) e melhorar a agilidade operacional (+7).