No seguimento das recomendações feitas pelas autoridades britânicas, a Amazon está a aconselhar os seus vendedores a tomarem medidas preventivas de rutura de stock, no caso de um Brexit sem acordo.
A empresa de Jeff Bezos quer continuar a oferecer aos consumidores europeus produtos provenientes do Reino Unido, mesmo no caso de uma desaceleração do comércio transfronteiriço. Nesse sentido, recomenda que se faça stock para quatro semanas nos seus entrepostos no Reino Unido e no restante continente, que possa antecipar eventuais problemas ligados à expedição.
O Brexit vai ter consequências sérias no e-commerce, nomeadamente pelo restabelecimento das barreiras aduaneiras. No Reino Unido, dezenas de milhares de comerciantes vendem os seus produtos no marketplace da Amazon e poderão ser confrontados com bloqueios às suas vendas. Mesmo o retalho físico, caso da Tesco e da Marks & Spencer, está a antecipar possíveis problemas e a discutir com os fornecedores a possibilidade de aumentar o stock de alguns produtos. Será a 29 de janeiro que os parlamentares britânicos se pronunciarão sobre o plano B apresentado pela primeira-ministra, Theresa May, após a rejeição massiva do acordo negociado com a União Europeia, no passado dia 16.