Em março, registou-se uma diminuição de 10,2% nas insolvências de empresas em Portugal, com um total absoluto de 607 insolvências, menos 69 que no período homólogo.
O acumulado de 2018 está ligeiramente acima dos valores apurados em 2017 (1,2%) e é idêntico ao total de 2016.
Até março, as declarações de insolvência requeridas tiveram uma redução superior a 12% (menos 54) relativamente a 2017, enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas registaram uma descida de 11% (menos 48 ações) e os encerramentos com plano de insolvência aprovado uma diminuição de 33% (menos 11). Até final de março foi declarada a insolvência de 1.082 empresas, mais 135 que em 2017, o que resultou num aumento do total de ações de insolvências no primeiro trimestre do ano face ao período homólogo.
Lisboa e o Porto mantêm-se como os distritos com mais insolvências, 542 e 397, respetivamente. No entanto, no comparativo com 2017, o Porto registou um aumento de 4,2% e Lisboa uma diminuição de 2,5%. Os distritos onde o número de insolvências mais diminuiu, durante o primeiro trimestre deste ano, foram Horta (menos 100%), Viana do Castelo (redução de 35%), Ponta Delgada (menos 33%), Bragança (menos 31%), Évora (menos 29%) e Portalegre (diminuição de 27%). Os aumentos mais notórios verificaram-se nos distritos de Angra do Heroísmo (acréscimo de 250%), Guarda (mais 100%), Beja (aumento de 57%), Castelo Branco (mais 50%), Vila Real (aumento de 47%) e Santarém (mais 30%).
Os sectores onde o número de insolvências até março deste ano mais diminuiu, no comparativo com 2017, são telecomunicações (redução de 33%), hotelaria e restauração (menos 13%), transportes (menos 7%), outros serviços (menos 6%) e indústria transformadora (menos 1%). Por sua vez, os aumentos mais significativos surgem na indústria extrativa (mais 100%), agricultura, caça e pesca (mais 23%), eletricidade, gás, água (mais 17%), comércio de veículos (mais 15%), comércio a retalho e por grosso (mais 6% e 9%, respetivamente) e construção e obras públicas (aumento de 7%).
Em março, foram constituídas 4.164 novas empresas, menos 1,8% que em igual período de 2017. Em termos acumulados registou-se um crescimento de 9,4% face ao primeiro trimestre do ano passado.
O distrito de Lisboa, que representa mais de 34% das novas constituições, alcançou um total de 4.523 novas empresas no primeiro trimestre do ano, valor que traduz um aumento de 15,7% face a 2017. O Porto, com 2.368 novas constituições, que representam 18% do total nacional, ocupa a segunda posição, com um crescimento de 12% face ao período homólogo. As subidas mais significativas, no primeiro trimestre deste ano, registaram-se nos distritos da Guarda (mais 33%), Angra do Heroísmo (29%) e Setúbal (17%), embora o peso destes distritos no total nacional seja substancialmente inferior: 0,8%, 0,3% e 7,2%, respetivamente. Com maiores quebras surgem os distritos da Horta (menos 43%), Beja (menos 28%) e Portalegre (menos 21%), que no conjunto representam 1,7% das constituições registadas em Portugal nos três primeiros meses deste ano.
Numa análise por sectores, aqueles com maior incremento até março foram os outros serviços (14,8%), construção e obras públicas (18,2%) e hotelaria/restauração (12,4%). O peso destes serviços no total das constituições é de 47%, 9,9% e 11,8%, respetivamente. As únicas descidas no acumulado ao final de março foram sentidas nas atividades de agricultura, caça e pesca (menos 39,6%), eletricidade, gás e água (variação negativa de 14%) e comércio a retalho (menos 5%).