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Produtos de conveniência crescem duas vezes mais que o conjunto do mercado
2018-04-13

Os lares consomem cada vez mais produtos de conveniência, ao ponto destes crescerem duas vezes e meia mais que o conjunto do mercado, ou seja, seis pontos acima da média do grande consumo.

Estes são dados de um estudo Nielsen feito em Espanha, que revela ainda que os produtos aos quais se associam as noções de comodidade e praticidade do pronto a comer cresceram 9,5% em vendas, no ano passado, face aos 3,7% do conjunto do mercado.

Nesta cesta, onde se excluem os produtos de impulso e os de compra rotineira, são os mais inovadores que mais cresceram, no ano passado, cerca de 13,8%. Aqui se inclui o sushi, o café monodose ou os molhos para cozinhar. No âmbito da conveniência, cabem também produtos tradicionais como os legumes cozidos ao natural, as sopas instantâneas e refrigeradas ou as conservas em lata e frasco. Produtos de sempre que, juntamente com os mais inovadores, representam 7,7% do total da cesta de compras, ou seja, quase oito em cada 100 euros das vendas no grande consumo estão associadas à noção de comodidade.

O gasto por lar nos produtos de comodidade foi, em média, 185 euros, em 2017, 9% mais que no ano anterior. Há produtos que estão mais presentes nas cozinhas dos consumidores espanhóis, como as saladas de IV gama, encontradas em oito de cada 10 lares, ou o café monodose, presente em quatro de cada 10. Além disso, em função da composição dos lares, a conveniência assume formas distintas. Por exemplo, nos lares com crianças existem mais gastos em pratos congelados e refrigerados.

Neste mercado, destacam-se 10 produtos com crescimentos assinaláveis, embora o seu peso nas cestas seja ainda reduzido. É o caso das alternativas vegetais, que cresceram 62,5%, o sushi, com 49,5%, ou as especialidades orientais, com 23,2%. Nota também para as refeições congeladas à base de arroz ou legumes, com crescimentos entre 12% e 14%, e os croquetes congelados, com 18,6%. Os legumes cozidos ao natural, por seu turno, cresceram acima dos 20%, assim como as sopas refrigeradas.

Paralelamente, tendo em conta a importância crescente atribuída pelo consumidor aos aspetos da saúde, produtos como pizzas ou sanduíches crescem abaixo da média.


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L.Branca/PAE

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