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Pingo Doce volta a vender online com entrada no Mercadão
2018-04-13

Chama-se Mercadão, é um marketplace aberto em janeiro e tem como âncora o Pingo Doce que, assim, volta a vender online 15 anos depois de ter fechado o primeiro supermercado virtual em Portugal, aberto em 1998.

De acordo com o Jornal de Negócios, a reentrada da insígnia alimentar da Jerónimo Martins no negócio online fez-se através de um parceiro tecnológico e logístico, a Fonte-Online, especializado na criação de negócios digitais, com o qual assinou um acordo. A “loja” do Pingo Doce está integrada numa plataforma onde também figuram a sua área de saúde e beleza, a Mais Bem Estar, a Arcádia e a Science4you, entre outras.

Disponível em Lisboa, Sintra, Porto e Matosinhos, o Mercadão, que antes do verão estará no Algarve e até dezembro nas maiores cidades do litoral, vende uma gama de seis mil produtos e trata das entregas ao domicílio. Questionada pelo Negócios sobre se esta é uma experiência-piloto para voltar a ter atividade própria de vendas online, fonte oficial da Jerónimo Martins respondeu apenas que "não se trata de um teste, trata-se de uma parceria que poderá ser alargada" a outras zonas do país.

Para a empresa de distribuição, o e-commerce não tem sido uma prioridade estratégia face à rede de 400 lojas e ao formato de proximidade, que "por si só permitem estar junto dos consumidores e oferecer frescura e conveniência". Por outro lado, a mesma fonte indica a "ainda bastante reduzida" percentagem de portugueses que compram alimentos frescos na Internet, que não ultrapassou os 9% em 2017, segundo a Nielsen. Porém, "tratando-se de uma ferramenta importante de contacto e de relacionamento com um consumidor, que está cada vez mais digitalizado, é um assunto que monitorizamos atentamente".

Gonçalo Soares da Costa, diretor geral da Fonte-Online, refere que o Pingo Doce é o parceiro perfeito para o Mercadão pelo tráfego, notoriedade, foco na proximidade, o que facilita a tarefa logística, e o facto de não ter distribuição online. O gestor, que foi diretor de negócio no Continente Online até 2014, é sócio no Mercadão com outros dois profissionais com passado no retalho e tecnologia, Ricardo Monteiro, que também trabalhou na área do e-commerce na Sonae, e Elísio Santos, até há poucos meses diretor de negócios digitais na Jerónimo Martins.

Para Gonçalo Soares da Costa, ao associar-se ao Mercadão, o Pingo Doce também colhe vantagens, desde logo conseguir vendas incrementais. “Não vai pôr mais pessoas a trabalhar por causa disto e nós servimo-nos dos produtos dele, tal e qual o consumidor final. O risco está do nosso lado porque o investimento é nosso, é tudo nosso. E é uma boa forma de uma marca entrar num canal diferente”, disse ao Negócios.


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L.Branca/PAE

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