Nos próximos anos, a IKEA vai investir milhares de milhões de euros para estar o mais próxima do consumidor possível e estar à frente de "pure players" como a Amazon, indica Juvencio Maeztu, diretor financeiro da empresa sueca.

Em declarações à Reuters, o gestor disse a IKEA terá de se adaptar para manter a liderança, não apenas para a Amazon, que lançou duas marcas de mobiliário em novembro, mas também para outros concorrentes, como a indiana Flipkart e as alemãs Otto e Home24.

Por este motivo, a cadeia de mobiliário vai investir em espaços urbanos mais pequenos, para chegar às gerações mais jovens, ao mesmo tempo que quer expandir as lojas online, de modo a concorrer com os gigantes da Internet. O diretor financeiro sublinhou que esta abordagem vai ser dispendiosa e ter o seu impacto na rentabilidade.

No ano fiscal 2016/2017, o Grupo IKEA investiu mais de três mil milhões de euros nas suas lojas, centros de distribuição e centros comerciais. “Nos próximos três anos, iremos investir o mesmo ou ainda mais”, confirmou Juvencio Maeztu.

Recentemente, em colaboração com a Accenture, a IKEA apresentou o seu conceito de loja do futuro, no Mobile World Congress. Apesar de muito mais pequena, oferece o catálogo de produtos completo através do digital. A empresa sueca recorre à realidade virtual para criar uma experiência digital no mundo físico.

As paredes são feitas de ecrãs onde são disponibilizadas informações sobre os produtos. O famoso lápis da IKEA funciona também como um scanner, graças à tecnologia RFID. A loja está cheia de sensores nas prateleiras, pelo que o lápis apresenta diferentes cores ou padrões em alguns produtos, projetando-os. Os sensores detetam os sinais do lápis e criam este efeito. O checkout é também feito através do lápis, através de uma caixa registadora "touch screen", sendo depois a encomenda preparada para levantamento ou entrega em casa.