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Concorrer com a Mercadona sai caro às outras cadeias
2018-02-28

Concorrer com a Mercadona afetará de forma negativa as outras cadeias, que terão de reduzir as suas margens e encontrar novas fórmulas para manter a sua quota de mercado.

Esta é uma das principais conclusões de um estudo da agência de notação financeira Moody’s, sobre a distribuição alimentar. “Os aumentos de quota de mercado da Mercadona estão a obrigar os outros retalhistas de base alimentar a reduzir os preços para manter os clientes, o que provoca a erosão das suas margens de lucro”, indica a Moody’s.

A agência relembra que, no início do ano passado, a Mercadona deu início a um programa de renovação das suas lojas e baixou os preços, o que permitiu consolidar a sua liderança do mercado, com uma quota de 24,1%. O analista Vincent Gusdorf assegura que esta concorrência terá um impacto negativo na notação financeira do Grupo DIA e de outras empresas a operar em Espanha, como a Auchan e o Carrefour. De facto, na semana passada, aquando da publicação dos resultados anuais, Ricardo Currás, administrador delegado do Grupo DIA, reconheceu que a empresa se viu obrigada a sacrificar as suas margens para reduzir os preços e tornar-se mais competitiva. “2017 foi o primeiro ano em que não cumprimos os nossos objetivos, desde que iniciámos a cotação em bolsa, em 2011. Os resultados ficaram abaixo da previsão que demos em outubro, devido ao maior investimento efetuado nos preços em Espanha, o que impactou as nossas margens, e não pode ser compensado pelos esforços de poupança de custos e benefícios provenientes das nossas alianças comerciais”, declarava.

Já o Carrefour e a Auchan deverão continuar a desinvestir no formato hipermercado, que perde vendas todos os anos. O comércio online, por seu turno, está em crescimento e, de acordo com a Moody’s, as suas vendas deverão ultrapassar os 2% do total das vendas de bens de grande consumo, em Espanha, em 2018, um valor, mesmo assim, inferior ao de mercados como o francês e o britânico.


Mercado

L.Branca/PAE

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