O grupo sul-coreano Lotte, um dos cinco principais retalhistas daquele país asiático, está a atravessar uma das mais graves crises da sua história após o seu presidente, Shin Dong‐bin, ter sido preso por suborno.
O dirigente foi condenado a dois anos e meio de prisão por ter subornado duas fundações dirigidas pela empresária Choi Soon‐sil, apelidada de Rasputina pela sua suposta influência sobre a ex-presidente do país, Park Geun‐hye, que se demitiu no ano passado no seguimento de um escândalo de corrupção.
De acordo com a sentença, o presidente da Lotte pagou cinco milhões de euros a estas fundações para beneficiar dos seus negócios de vendas livres de impostos para turistas. Além disso, o tribunal determinou que a licença da Lotte Duty Free para operar no edifício Lotte World Tower em Seul também foi conseguida mediante suborno, o que levou os serviços aduaneiros sul-coreanos a ditarem a sua revogação.
A Lotte indicou que vai recorrer da sentença, que levanta dúvidas sobre os atuais planos do grupo, entre os quais a venda das suas lojas na China continental e expansão no sudeste asiático.