Os grandes armazéns, como o El Corte Inglés ou Galeries Lafayette, estão a discutir o seu futuro no panorama da distribuição.
Se até há algum tempo atrás eram considerados um modelo de negócio sólido, nos últimos tempos, os grandes armazéns têm visto o seu domínio ameaçado pela ascensão de novos canais e formatos de venda, como as vendas online ou os discounters, e ainda pelo desenvolvimento do comércio de proximidade. “As department stores perceberam que já não líderes de mercado e que precisam de mudanças disruptivas na sua oferta de produtos e modelo comercial, adotando a tecnologia digital de forma a conquistar os consumidores de forma atraente e moderna”, explica Andreas Olah, Digital Retail Analyst na GlobalData. “Para concorrer com retalhistas especializados e com o e-commerce, os grandes armazéns devem estabelecer uma estratégia omnicanal que permita aos clientes concluir as suas compras sem qualquer inconveniente”, acrescenta o consultor, indicando a possibilidade de aproveitamento do espaço para oferecer experiências distintas, como áreas dedicadas a demonstrações de produtos, cafés e click and collect.
A consultora sublinha que este formato comercial também precisa de atualizar a sua cadeia de abastecimento, eficiência logística e sistemas de gestão de pessoal para melhorar as margens e permanecer competitivo. Além disso, tecnologias como a inteligência artificial e a realidade aumentada podem melhorar a sua competitividade, embora tenham de estar de acordo com a identidade da marca e com a configuração existente de sistemas e processos.