A Steinhoff International Holdings planeia listar os seus ativos africanos separadamente, depois do falhanço da negociação de fusão com a Shoprite Holdings.
A empresa anunciou que vai listar empresas como a retalhista de moda Pepkor e a cadeia de móveis JD Group na bolsa de valores de Joanesburgo, cerca de 18 meses depois de mudar a sua listagem principal para Frankfurt.
A mudança reflete a transformação da empresa-mãe num gigante global do retalho, com cerca de dois terços da sua receita gerada fora de África, uma proporção que está a crescer após a Steinhoff, no ano passado, ter gasto mais de três mil milhões de dólares em aquisições no Reino Unido, Estados Unidos da América e Austrália. A listagem destina-se a criar valor para os investidores, incluindo o bilionário Christo Wiese, depois de uma queda de cerca de 10% nas ações desde que as negociações com a Shoprite terminaram em fevereiro.
A separação planeada é "uma progressão natural" para a Steinhoff após a sua expansão, informou a empresa em comunicado. Christo Wiese, de 75 anos, tornou-se o maior acionista da Steinhoff quando vendeu a Pepkor à empresa por 4,8 mil milhões de dólares, em 2014. É também o maior investidor da Shoprite e esteve no centro das negociações combinadas entre as duas empresas.
Além da Pepkor e JD, os ativos africanos da Steinhoff incluem o especialista em calçado desportivo Tekkie Town e as lojas de móveis Poco. As vendas combinadas para os negócios da empresa no continente foram de 4,3 mil milhões de euros nos 12 meses até setembro.