A Walmart anunciou que alcançou a sua meta de comprar 20 mil milhões de dólares em bens e serviços de empresas detidas por mulheres nos Estados Unidos da América, ao longo de cinco anos.
A empresa também admitiu que não conseguiu alcançar outro objetivo definido ao mesmo tempo: duplicar a quantidade de produtos e serviços provenientes de empresas detidas por mulheres fora do país.
O sucesso misto mostra os desafios das grandes empresas para reduzir a diferença entre os géneros. Enquanto a iniciativa da Walmart duplicou a quantidade de dinheiro que gasta com fornecedores detidos por mulheres, ainda representa apenas 2% das compras globais do retalhista. No entanto, este valor é o dobro da média global que os retalhistas gastam com empresas propriedade de mulheres.
O gigante do retalho lançou a Global Women’s Economic Empowerment Initiative (Iniciativa Global de Fortalecimento Económico das Mulheres), em 2011, para aumentar o número dos seus fornecedores que são propriedade de mulheres. A iniciativa também proporcionou formação e outros serviços para mulheres empreendedoras.
Promover empresas possuídas por mulheres reflete não apenas os valores da empresa, dizem os gestores da Walmart. Também é bom para os negócios, acrescenta Kathleen McLaughlin, chefe de sustentabilidade da Walmart e presidente da Fundação Walmart, que liderou a iniciativa. "Descobrimos que os produtos das empresas lideradas por mulheres têm melhores taxas de venda e melhores margens", conclui. A gestora acredita que as mulheres empreendedoras fazem bem porque tendem a envolver-se em negócios - especialmente alimentos, roupas e brinquedos - que podem fazer uso das suas experiências pessoais.
Dados compilados pela American Express mostram que o número de empresas propriedade de mulheres nos Estados Unidos da América cresceu 45%, de 2007 para 2016, em comparação com um aumento de 9% nas empresas propriedade de homens. Durante esse mesmo período, as empresas propriedade de mulheres viram aumentos de receita 35% maiores do que os negócios de homens.
A Walmart também anunciou que vai juntar-se a outras oito empresas multinacionais - Coca-Cola, Pepsi, Exxon-Mobil, General Mills, Campbell's Soup, Procter & Gamble, Johnson & Johnson e Mondoeez – para comprometer-se a abastecer mais de empresas propriedade de mulheres.
Estas empresas planeiam comunicar o seu progresso a cada ano para o Women's Business Enterprise National Council, uma organização sem fins lucrativos sediada em Washington, que valida empresas que são propriedade ou operadas por mulheres, uma vez que agências governamentais e do sector privado administram programas para promover empresas propriedade de mulheres. O conselho usará os dados para produzir um relatório anual.