O conselho de administração do El Corte Inglés nomeou, por unanimidade, Víctor del Pozo como diretor geral de retalho do grupo e novo braço direito do presidente, Dimas Gimeno.
O El Corte Inglés reforça, assim, a sua estrutura executiva com a nomeação de Víctor del Pozo, até aqui subdiretor de compras, que ocupa um novo cargo com o qual o grupo “reforçará a sua gestão das áreas comerciais” e que coloca em prática o executivo como o número dois do grupo. O cargo de diretor general de retalho confere ao gestor a máxima responsabilidade sobre os departamentos de vendas, compras e marketing, três áreas estratégicas para a cadeia de grandes armazéns.
Além disso, foi criada uma comissão executiva composta por quatro membros. Tal como no caso anterior, trata-se de uma nova estrutura e que será integrada pelo presidente do El Corte Inglés, Dimas Gimeno, assim como pelos conselheiros Carlos Martínez Echavarría, Florencio Lasaga e Marta Álvarez Guil, filha de Isidoro Álvarez, ex-CEO do grupo e sobrinho e sucessor do fundador do grupo, Ramón Areces.
Víctor del Pozo, economista, engenheiro informático, com um MBA pelo Instituto de Empresa e PDG pelo IESE, é um grande conhecedor de El Corte Inglés, onde desenvolveu a quase totalidade da sua carreira, já que o seu vínculo à empresa remonta aos tempos de universidade, onde começou a trabalhar como vendedor da mesma.
Uma figura em clara ascensão dentro do grupo de distribuição, já que é considerado um dos principais responsáveis pela mudança operada a nível comercial pelo El Corte Inglés, onde se incluem a maior aposta nos produtos frescos e perecíveis, ou a questão da perceção dos preços por parte dos clientes. Medidas que se traduziram no aumento de vendas do grupo.
Esta nomeação surge num momento em que o El Corte Inglés se encontra a desenvolver um processo de reorganização interna de algumas das suas unidades de negócio. Ainda recentemente, o grupo confirmou que estuda a fusão da divisão dos seus grandes armazéns com a divisão dos hipermercados Hipercor, com o objetivo de realinhar a oferta comercial, logrando, assim, sinergias entre ambos os formatos comerciais, sem com isto abdicar dos postos de trabalho do Hipercor.
O grupo considera que, ainda que, o El Corte Inglés e Hipercor partilhem espaços, ambos os negócios competem entre si e funcionam sob estruturas societárias distintas, o que provoca duplicidades. Em alguns estabelecimentos, a solução passaria pelo desaparecimento da marca Hipercor, enquanto que em noutros a medida passaria, simplesmente, pela redução de espaço ocupado pelos supermercados de modo a alocar mais metros quadrados à oferta comercial do El Corte Inglés. Os prós e contras da fusão estão a ser aprofundados pelo grupo.
Grupo que faturou 15.220 milhões de euros no último exercício, cerca de 4,3% mais face ao homólogo de 2015. Os grandes armazéns reforçaram vendas em 7,8% (9.450 milhões de euros), enquanto as vendas do Hipercor baixaram 10,7% para 1.402 milhões de euros.