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Atrasos nos pagamentos prejudicam empresas de logística
2017-02-22

Os atrasos e as condições de pagamento a um prazo muito longo são dois dos grandes malefícios que afligem o sector de transporte e armazenamento, um dos mais atingidos na Europa.

Na verdade, 46% dessas empresas são obrigadas a aceitar prazos de pagamentos superiores ao acordado, de acordo com o Relatório de Pagamentos por Sector 2016 compilado pela Intrum Justitia, empresa especializada em de gestão de crédito na Europa.

O estudo, citado pela Gran Consumo TV, indica que o atraso representa uma "ameaça real para a sobrevivência das empresas no sector". 43% dos entrevistados avaliaram este como "médio a muito grave". Perda de lucros e restrições de liquidez, indicadas por 49% das empresas, são outras consequências comuns.

A promoção do emprego é também uma área que é limitada por atrasos e incumprimentos. Assim, 46% das organizações garantem que cobrar a tempo lhes permitiria contratar novos talentos. Além disso, 35% aponta para a possibilidade de que pode forçá-los a fazer demissões.

Os custos decorrentes de atrasos nos pagamentos são importantes: uma média de 3,2% da receita anual das empresas de transporte e de armazenamento leva as perdas, em comparação com 2,7% noutros sectores. Além disso, a situação não tem nenhuma perspetiva de melhoria, com 91% a admitir que a evolução do risco de falta de pagamento na sociedade irá aumentar ou permanecer estável ao longo dos próximos 12 meses.

Por outro lado, o sector ainda sente as consequências da situação complicada nos últimos anos. Entre as principais causas que as transportadoras assinalaram para justificar estes atrasos destacam-se as dificuldades financeiras dos devedores, razão dada por 73% dos entrevistados. Além disso, as insolvênciaso (67%) e problemas administrativos (48%) são outros motivos identificados.

Com a intenção de proteger essas empresas, especialmente as PME, a União Europeia adotou, em fevereiro de 2011, uma diretiva relativa aos prazos de pagamento. No entanto, o estudo observou que 76% das empresas do sector dos transportes e armazenagem desconhecem a sua existência.

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L.Branca/PAE

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